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03 de maio de 2024 Rio do Sul
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Homem encaminha carta ao MP por justiça após morte de esposa

Márcia Teie, indígena do Povo Xokleng, de José Boiteux veio a óbito após médico esquecer gaze durante cirurgia, em Ibirama.


Por GCD Publicado 22/04/2024 às 18h33
Homem encaminha carta ao MP e clama por justiça após morte de esposa
Foto: Arquivo Pessoal

Após morte da esposa, de 34 anos, indígena do Povo Xokleng, de José Boiteux, homem encaminha carta ao Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e clama por justiça.

Márcia Vaicomen vei-tcha Teie e o esposo Acir cailê Priprá viviam com os três filhos, de 12, 9 e 6 anos, na Aldeia Bugio, em José Boiteux. Tudo ia bem, até que no dia 12 de dezembro de 2023, a moradora do Povo Xokleng teve que passar por uma cirurgia para retirada de uma pedra na vesícula. O procedimento foi realizado no Hospital Doutor Waldomiro Colautti, em Ibirama, e devido à gravidade Márcia acabou perdendo parte do fígado.

Recuperação após a cirurgia

O esposo, Acir, conta que após 15 dias da recuperação, ela começou a se queixar de dores e apresentava febre. A partir desse dia, a situação piorou. “Consultei um médico, e ele disse que as ínguas e dores eram apenas consequências da cirurgia, pois o procedimento interno ainda não estava completamente curado. Fizeram aplicação de analgésico, para acalmar a dor, soro e até então passou a dor e voltamos para casa”, conta.

No entanto, as dores persistiram e as idas aos hospitais eram frequentes e nada resolvia o problema da Márcia. Até que o Acir, pagou alguns exames e inclusive uma endoscopia para entender o que estava acontecendo com a esposa. O laudo apontou um corpo estranho (gaze) no estômago, que estava obstruindo o antro gástrico e que resultou em uma infecção generalizada. “Uma semana antes, ali da internação, paguei para ela fazer um ultrassom e logo depois, no dia 19, uma endoscopia no mesmo dia da internação. Assim, a médica que fez a endoscopia me chamou no consultório dela e mostrou”, ressalta.

Homem encaminha carta

Márcia teve que passar por uma nova cirurgia e acabou contraindo uma bactéria e precisou ser internada. O quadro de saúde se agravou, evoluiu para uma pneumonia e um edema cerebral, que resultou em sua morte no dia 14 de abril. Acir encaminhou uma carta ao Ministério Público de Santa Catarina e clama por justiça. “Destruíram um sonho meu, da minha esposa e da família. Eu peço justiça por isso, lógico que eu me sinto revoltado, mas isso não vai trazer ela de volta, dentro do hospital e nenhum momento assumiram os seus erros, só o que eles me falavam era a infecção devido a cirurgia que ela tinha feito antes. Portanto, a gente pede justiça, que o poder público tome providência, que leve aos culpados. Uma morte natural assim pode acontecer, mas até essa amplitude não é admissível”, enfatiza.

Nota da Secretaria de Estado da Saúde

A equipe do Grupo de Comunicação Difusora procurou a direção do Hospital Drº Waldomiro Colautti de Ibirama para esclarecer o ocorrido, porém, foi orientada a entrar em contato com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), que através de nota informou que, “lamenta profundamente e se solidariza com a perda da Sra. Márcia Vaicomen vei-tcha Teie e que inclusive já solicitou à direção do Hospital que realizasse todos os procedimentos administrativos. No documento, foi informado ainda que, as providências internas estão sendo tomadas para apuração dos fatos e que a instituição segue à disposição da família para maiores esclarecimentos.

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