Suspeito de abusar de sobrinhas em Guaramirim é investigado pelo mesmo crime em Chapadão do Lageado
Investigação revela que suspeito passou parte do final do ano passado na cidade, enquanto abusava de uma menina de 8 anos

Um homem, denunciado por estupro de vulnerável contra duas sobrinhas em Guaramirim, está sendo investigado por um crime semelhante contra uma menina de 8 anos em Chapadão do Lageado. Segundo as apurações, a família do suspeito teria passado alguns dias na residência da vítima no Alto Vale, no final do ano passado, período em que os abusos contra a criança teriam ocorrido. O portal ND+ levantou as informações.
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Caso de Guaramirim e denúncia das vítimas
A primeira denúncia veio à tona em fevereiro, após a mãe das meninas, de 7 e 11 anos, perceber um corrimento nas partes íntimas das filhas. Ela levou as crianças a uma unidade de saúde, e os profissionais diagnosticaram uma delas com uma Infecção Sexualmente Transmissível. Após o diagnóstico, as meninas revelaram os abusos cometidos pelo tio.
Conforme o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), os abusos teriam acontecido entre 2020 e um e 2025. Segundo o advogado da família, Felipe Carlos, os crimes ocorriam enquanto as meninas visitavam a casa do tio para brincar com a filha dele, também menor de idade. Os abusos, conforme relatos, aconteciam nos momentos em que o suspeito ficava sozinho com as vítimas, geralmente às sextas-feiras à noite. Ele levava as meninas a um quarto da residência, onde os crimes se consumavam.
Estupro de vulnerável em Guaramirim e Chapadão do Lageado: modus operandi e ameaças
As investigações indicam que o suspeito ameaçava as vítimas, dizendo que, se contassem a alguém, não poderiam mais ver a filha dele. Além disso, ele as obrigava a inalar clorofórmio para deixá-las inconscientes antes de cometer os atos libidinosos, prática que revela o grau de crueldade envolvido.
Histórico criminal do suspeito de estupro de vulnerável
O suspeito não é réu primário e possui passagens anteriores por pornografia infantil. A Justiça o condenou em 2017 por armazenar material de pedofilia. Embora não tenha sido preso, sua pena foi substituída por medidas restritivas, incluindo prestação de serviços à comunidade e pagamento de multa equivalente a cinco salários mínimos. O descumprimento dessas obrigações poderia levar à prisão.
Progresso do processo e futuras audiências
O procedimento legal está na fase de interrogatório. As duas meninas devem prestar depoimento no dia 25 de junho, enquanto o interrogatório do suspeito está marcado para o dia 08 de julho. O caso tramita em segredo de Justiça. O Ministério Público solicita a punição mais severa, considerando o grau de parentesco do acusado com as vítimas e a infecção transmitida a uma delas.