Santa Catarina reforça vigilância contra Mpox após alerta de nova variante
Mesmo com casos estabilizados, Estado intensifica monitoramento devido à nova variante do vírus identificada na África e alerta para possíveis casos importados
Santa Catarina reforça vigilância contra Mpox após alerta de nova variante na África. Desde 2022, a Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), monitora e acompanha os casos de Mpox (Monkeypox). Em 2024, os casos de Mpox, no estado, seguem estabilizados, mas a vigilância continua rigorosa.
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Com o aumento do número de casos de Mpox na África, associado à circulação de uma nova variante do vírus (clado Ib), que apresenta maior gravidade, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou novamente uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) e reforçou a vigilância. Em Santa Catarina, os casos permanecem estáveis, com 10 confirmações em três municípios ao longo de 2024, sendo o último notificado em 16 de maio.
Histórico e medidas de vigilância
Em 2022, Santa Catarina registrou 439 casos de Mpox em 33 municípios, incluindo um óbito em Balneário Camboriú. No ano seguinte, os casos reduziram globalmente, e a OMS declarou o fim da emergência internacional em maio de 2023. No entanto, a vigilância permaneceu ativa, resultando na identificação de 50 casos em 18 municípios catarinenses naquele ano.
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De acordo com o diretor da DIVE, João Augusto Brancher Fuck, o aumento de casos na África está ligado a uma nova variante do vírus. Apesar da estabilidade dos casos em Santa Catarina, a vigilância e o monitoramento permanecem intensos.
“Temos uma vigilância estabelecida e um Plano de Contingência para a Mpox. Vamos seguir com o monitoramento, tendo em vista que os casos em SC permanecem estáveis, mas acendemos o alerta para possíveis casos importados e a introdução desta nova variante no Estado,” afirmou.
Encaminhamento de amostras e análises
Seguindo a orientação do Ministério da Saúde, as amostras de casos confirmados de Mpox em Santa Catarina serão encaminhadas pelo Laboratório de Saúde Pública (LACEN/SC). Este processo visa identificar precocemente a introdução da nova variante no território catarinense.
A Mpox é uma doença endêmica em regiões da África Central e Ocidental, transmitida de humano para humano por meio de contato físico próximo ou direto. No entanto, a transmissão também ocorre por lesões infecciosas, gotículas ou materiais contaminados. Portanto, os sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, e erupções cutâneas, com um período de incubação de 6 a 13 dias.