Santa Catarina está entre os Estados com menos filhos e mães mais tardias
Dados do Censo 2022 do IBGE mostram que a taxa de fecundidade em SC é baixa, com mães tendo o primeiro filho aos 28,7 anos

Santa Catarina registrou taxa de fecundidade de apenas 1,51 filhos por mulher — a sétima menor do Brasil — conforme dados do Censo 2022 divulgados pelo IBGE . Além disso, as catarinenses estão entre as que mais adiam a maternidade, tendo o primeiro filho, em média, aos 28,69 anos.
Receba no WhatsApp notícias da região do Alto Vale
Comparativo nacional da taxa de fecundidade
Os Estados com fecundidade ainda menor são Rio de Janeiro (1,35) e Distrito Federal (1,38), enquanto os maiores índices estão no Norte, como Roraima (2,18) e Amazonas (2,07) .
Em termos de maternidade tardia, SC está atrás apenas de São Paulo (28,94 anos), Rio Grande do Sul (29,00) e Distrito Federal (29,31). A média nacional é de 28,1 anos .
Tendência histórica de queda na natalidade
A queda na fecundidade acompanha uma tendência histórica: de 1960 a 2022, o número médio de filhos por mulher no Brasil caiu de 6,28 para 1,55 . Em Santa Catarina, a proporção de mulheres entre 50 e 59 anos que não têm filhos passou de 8,2% (2010) para 12,8% (2022), enquanto no país foi de 11,8% para 16,1% .
Escolaridade e decisão reprodutiva
O nível de escolaridade influencia diretamente a decisão de ter filhos. Em SC, mulheres com ensino médio incompleto têm cerca de 1,91 filhos, mas aposentam a maternidade tardia com ensino superior (1,15) . A idade média ao se tornarem mães varia de modo semelhante: 27,7 anos entre as menos escolarizadas e 31,1 anos entre as graduadas .
Taxa de fecundidade: autonomia reprodutiva e acesso à informação
Izabel Marri, do IBGE, ressalta que mulheres com maior nível educacional têm mais acesso a métodos contraceptivos e informações:
A mulher com mais escolaridade… sabe melhor onde procurar métodos contraceptivos […] e faz escolhas de forma mais consciente
afirmou Izabel.
Resumo objetiva os impactos demográficos em SC e no Brasil:
- Santa Catarina figura entre os Estados com menor taxa de fecundidade e maternidade tardia.
- Feministas mais escolarizadas adiam a maternidade e têm em média menos filhos.
- Tendência nacional indica envelhecimento da população e menor reposição demográfica.