Santa Catarina emite alerta para Influenza Aviária após foco confirmado no RS
Medidas de biosseguridade foram reforçadas para proteger a avicultura catarinense

Após a confirmação de um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em Montenegro, no Rio Grande do Sul, a Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina, junto à Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola (Cidasc), emitiu um alerta máximo. O objetivo é reforçar as medidas de biosseguridade na avicultura comercial e garantir a proteção do setor, com grande importância econômica e social para o estado.
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Com a declaração de estado de emergência zoossanitária por 60 dias no município gaúcho, Santa Catarina intensificou o controle na fronteira sul. Entre as ações estão a inspeção rigorosa de cargas vindas do Rio Grande do Sul, a análise da movimentação de produtos de origem animal e o monitoramento de propriedades que receberam aves daquela região nos últimos 30 dias.
Profissionais e produtores devem redobrar cuidados
Os médicos-veterinários da Cidasc receberam a orientação de reforçar a avaliação de casos suspeitos de doenças respiratórias ou neurológicas em aves. Além disso, produtores devem proibir visitas externas, manter a biosseguridade das instalações e isolar aves de subsistência em locais telados, evitando o contato com aves silvestres.
A presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos, afirmou que não ocorre a transmissão do vírus por meio do consumo de carne ou ovos. Ou seja, os produtos permanecem seguros. No entanto, ela reforça a necessidade de atenção aos cuidados com a água, a ração, os calçados e roupas usados nas granjas.
Comunicação imediata é essencial em caso de suspeita da Influenza Aviária
A Cidasc orienta os produtores e demais envolvidos a notificarem imediatamente qualquer suspeita de Influenza Aviária. As pessoas não devem manipular aves mortas ou com sinais clínicos como dificuldade respiratória, torcicolo ou andar cambaleante. A notificação pode ser feita pelo sistema e-Sisbravet ou nos escritórios locais da Cidasc.
De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), esse é o primeiro foco da doença detectado em uma granja comercial no Brasil. Embora o risco de transmissão para humanos seja baixo, as pessoas devem praticar a prevenção, essencial para evitar a disseminação do vírus.