Santa Catarina completa 11 anos como zona livre da traça-da-maçã
Certificação sanitária fortaleceu a fruticultura no estado, que lidera exportações nacionais de maçã
Santa Catarina completou 11 anos como zona livre da Cydia pomonella, praga conhecida como traça-da-maçã, que ataca frutas como maçã e pera. O reconhecimento foi concedido em 2014, após quase duas décadas de trabalho da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc).
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Traça-da-maçã: produção cresce com base em segurança fitossanitária
A conquista sanitária teve impacto direto no crescimento da fruticultura em regiões como São Joaquim e Fraiburgo, onde as plantações de macieiras começaram a se expandir na década de 1960. Atualmente, cerca de metade das maçãs exportadas pelo Brasil saem de Santa Catarina, conforme dados do setor.
A traça-da-maçã é uma mariposa que, em sua fase de larva, perfura os frutos para se alimentar. Os orifícios permitem a entrada de microrganismos, comprometendo a qualidade da fruta. Desse modo, em localidades que ainda registram a presença da praga, a produção é fortemente afetada.
Certificação integra ações do Mês da Saúde Animal e Vegetal
O marco dos 11 anos da certificação faz parte das ações do Mês da Saúde Animal e Vegetal, promovido para reforçar a importância da vigilância sanitária na agropecuária catarinense.
O primeiro registro da Cydia pomonella em Santa Catarina ocorreu em 1993. A partir disso, a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) iniciou o monitoramento e, assim, aplicou medidas de controle para conter o avanço da praga. De acordo com a engenheira-agrônoma Roberta Duarte Avila Vieira, responsável pelo Programa Estadual de Sanidade das Pomáceas, a erradicação ocorreu por meio de ações coordenadas para delimitar e eliminar os focos.
Campanhas continuam em outras frentes da fruticultura
Além do combate à traça-da-maçã, a Cidasc mantém outras frentes voltadas à sanidade vegetal. Entre elas está a campanha Todos Contra o Cancro Europeu, que busca orientar produtores e profissionais da fruticultura sobre prevenção e controle da doença. O fungo Neonectria ditissima causa o cancro europeu e afeta as partes lenhosas das macieiras, comprometendo a produtividade dos pomares.
