Primeira vacina contra Chikungunya é aprovada por agência norte-americana
A agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA), aprovou a primeira vacina contra chikungunya nesta sexta-feira (10). O imunizante será comercializado com o nome Ixchiq. A vacina autorizada para pessoas com mais de 18 anos, que estão mais expostas ao vírus, informou a FDA, em um comunicado.
O imunizante aprovado é do grupo Vanlneva, uma produtora de vacinas da Áustria. No Brasil, o Instituto Butantan tem parceria com a produtora.
Testes da vacina
Na América do Norte, dois estudos clínicos foram realizados. Cerca de 3.500 participantes com 18 anos ou mais receberam uma dose da vacina.
Em um deles, feito nos Estados Unidos, foi analisada a resposta imunológica de 266 participantes que receberam a vacina, comparando com a resposta imunológica de 96 participantes que receberam placebo.
Foi usado o caminho da Aprovação Acelerada para permitir o uso da vacina. Ou seja, esse é um caminho que permite que a FDA aprove certos produtos para condições graves ou com risco de vida com base em evidências da eficácia de um produto com probabilidade razoável de prever benefícios clínicos.
Segundo a agência, após a comercialização, a empresa conduzirá um estudo para avaliar o risco de reações adversas graves semelhantes à chikungunya após a administração de Ixchiq.
Os principais efeitos secundários são dores de cabeça ou musculares, fadiga e náuseas. Em poucos casos foram observadas reações mais graves, afirma a FDA. Além disso, dois participantes do ensaio clínico que receberam a vacina foram hospitalizados.
Chikungunya no Brasil
- Aqui no país, a chikungunya apareceu há dez anos e, nesse período, se espalhou por todos os estados, atingindo 60% dos municípios brasileiros.
- Transmissão: O vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, também é o mesmo vetor do vírus da dengue e do zika vírus. Além disso, segundo o Ministério da Saúde, o país já registrou mais de 1,1 milhão de casos com 909 mortes.
- Até meados do primeiro semestre deste ano, 53 mil casos prováveis tinham sido registrados neste ano. Contudo, a taxa representa um aumento de 98% em relação ao número de casos no mesmo período de 2022.
- Sintomas: febre, dores intensas nas articulações, dores nas costas e pelo corpo, dor de cabeça, erupção avermelhada na pele, náuseas e vômitos, dor atrás dos olhos e calafrios.