Preço da cebola cai 40% em relação a julho em Santa Catarina
Apesar das boas condições das lavouras, o aumento da oferta interna pressiona os valores pagos aos produtores catarinenses
A safra de cebola em Santa Catarina apresenta boas condições, com 94% das lavouras em fase de desenvolvimento vegetativo. No entanto, os preços da cebola sofreram forte queda devido ao aumento da oferta interna, especialmente com o abastecimento vindo do Nordeste e a finalização da safra do Cerrado.
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Em agosto, o preço médio foi de R$ 99,25 por saca de 20 kg nas principais centrais de abastecimento do país, caindo para R$85,00 no início de setembro. Para os produtores catarinenses, o valor pago foi de R$ 36 por saca, ou seja, uma redução de 40% em relação a julho.
Alho e trigo
Além da cebola, a safra de alho e trigo em Santa Catarina também se recupera após as dificuldades enfrentadas na safra 2023/2024, quando o excesso de chuvas impactou negativamente a produtividade.
Para o alho, as lavouras estão em boas condições, com 97% na fase de desenvolvimento vegetativo.
Os preços no atacado mantiveram-se estáveis em agosto, com variações mínimas. Em Santa Catarina, os produtores receberam entre R$14,00 e R$15,00 por quilo, dependendo da classificação do alho.
O trigo, por sua vez, apresenta uma recuperação ainda mais expressiva, com a produtividade estimada em 3.563 quilos por hectare, um aumento de 59,3% em relação à safra anterior.
Embora a área plantada tenha diminuído 11,8%, a produção estadual deve crescer 40,7%, atingindo 432 mil toneladas.
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Suínos e leite
No setor de suínos, Santa Catarina enfrentou uma leve queda nas exportações de carne em agosto. O setor sofreu com uma redução de 15% em relação ao mês anterior.
Apesar disso, o estado continua liderando as exportações nacionais, respondendo por 57,6% das receitas e 55,7% do volume de carne suína exportada pelo Brasil.
Já no mercado de leite, o estado registrou variações de preços em 2024. Na comparação de setembro com agosto, houve acréscimo de oito centavos, ficando em R$2,66 por litro.
Com o desempenho da produção nacional aquém do esperado e condições climáticas adversas na maioria do país, a tendência é de novo aumento nos valores em outubro.