Operação investiga empresa que fornece softwares de gestão pública no RS
Operação investiga empresa que fornece softwares de gestão pública no RS. Foram deflagradas, nesta terça-feira, 07, pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul, com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Procuradoria da Função Penal Originária, operações que visam desarticular as ações de fraudes em processos licitatórios.
A ação cumpriu 28 mandados de busca em sete cidades do Rio Grande do Sul e quatro em Santa Catarina. Em Florianópolis, agentes do Gaeco com apoio do grupo catarinense cumpriram mandados de busca e apreensão em uma empresa que fornece softwares de gestão pública para prefeituras gaúchas. A IPM Sistemas é sediada na Capital, mas, conta com Centro Tecnológico em Rio do Sul. Além disso, houve o cumprimento de mandados em casas de luxo e em um hangar na Grande Florianópolis.
No Rio Grande do Sul, houve o cumprimento de mandados nas prefeituras de Candelária, no Vale do Rio Pardo. Além disso, em Sapiranga, no Vale dos Sinos, Santana do Livramento, na Fronteira Oeste, e em Bento Gonçalves, na Serra. Pessoas ligadas à empresa e servidores municipais são investigados. Ao menos R$ 2,8 milhões dos suspeitos foram bloqueados.
De acordo com a investigação, a empresa é suspeita de fornecer às prefeituras um pacote completo de documentos que direcionava a licitação para a aquisição do software. Foram apreendidos notebooks, tablets, computadores, celulares e documentos, principalmente modelos de editais e orçamentos. Em relação às prefeituras gaúchas, um dos alvos é um servidor que atua com informática em Candelária e um secretário municipal de Bento Gonçalves. Já em Sapiranga, havia três pessoas envolvidas na fraude. Em Santana do Livramento, o contrato foi suspenso, mesmo assim, buscas são realizadas para obter os documentos relacionados ao edital.