Nova rodada de negociações do preço do tabaco está prevista para o início de fevereiro
Presidente da Afubra, Marcílio Drescher, destaca que até a definição, os produtores seguem comercializando o produto e recebendo com base na tabela da safra anterior

A Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) recebeu cinco empresas fumageiras, nos dias 14 e 15 de janeiro, para negociações do preço do tabaco da safra 2024/2025. Apesar de onze empresas confirmarem presença, algumas cancelaram a participação por não atenderem à exigência de basear suas propostas, no mínimo, no custo de produção. A terceira e última rodada de negociações está marcada para o início de fevereiro.
📲 Receba no WhatsApp notícias da região do Alto Vale
Conforme o presidente da Afubra, Marcílio Drescher, até a definição, os produtores seguem comercializando e recebendo com base na tabela da safra anterior, com posterior ressarcimento pelas empresas fumageiras após a conclusão das negociações. Drescher se mantém confiante em um acordo que beneficie o sistema integrado de produção, bem como, valorize os produtores.
No tabaco tipo Virgínia, duas empresas, China Brasil e UTC, propuseram reajustes equivalentes apenas à variação do custo. A Universal Leaf ofereceu o custo mais 1,05% de recuperação da tabela, enquanto a JTI, após revisão, sugeriu 10,50%, mas de forma não linear. A BAT discordou do custo definido pela Comissão Representativa dos Produtores e não apresentou proposta.
Comissão de negociações do preço do tabaco cobra valorização dos produtores
A Comissão, formada por representantes da Afubra e federações de trabalhadores rurais e agricultores de três estados do Sul, defende que as propostas considerem o custo de produção somado a uma reposição de defasagens anteriores. No tabaco tipo Burley, algumas empresas atenderam ou superaram a variação de custo, mas o protocolo ainda não foi firmado, pois a recuperação da tabela é vista como essencial para garantir a valorização e rentabilidade dos produtores.
Variações de custo propostas pelas empresas
- Universal Leaf: 7,45% (Virgínia) e 0,66% (Burley)
- China Brasil: 6,18% (Virgínia)
- UTC: 8,43% (Virgínia) e 2,49% (Burley)
- BAT: 10,55% (Virgínia) e 7,01% (Burley)
- JTI: 10,10% (Virgínia) e 5,19% (Burley)
- Alliance One: 8,27% (Virgínia) e 3,99% (Burley)
- CTA: 8,46% (Virgínia) e 3,58% (Burley)
- Philip Morris: 8,58% (Virgínia)
- Premium: 8,60% (Virgínia) e 0,83% (Burley)
Ouça abaixo as declarações do presidente da Afubra, Marcílio Drescher, sobre o assunto: