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14 de julho de 2025 Rio do Sul

Nova praga de pastagens é identificada por pesquisadores de SC


Por Cristiane Faustino Publicado 17/01/2024 às 15h23
Nova praga de pastagens é identificada por pesquisadores de SC
Foto: Ascom Epagri

Nova praga de pastagens é identificada por pesquisadores de Santa Catarina. Leandro do Prado Ribeiro, pesquisador e entomologista do Centro de Pesquisa para Agricultura Familiar (Epagri/Cepaf), em colaboração com outros pesquisadores e técnicos do Brasil e Estados Unidos, identificou uma nova praga chamada de grama-bermuda. A cigarrinha Metadelphax propinqua foi observada causando “surtos populacionais impressionantes”, tornando-se a primeira vez que essa praga foi associada a cultivares de grama-bermuda no Brasil. A descoberta foi detalhada em um estudo publicado na revista Neotropical Entomology.

A nova praga foi identificada inicialmente em áreas de produção de feno em Chapecó e outros municípios da região Oeste durante janeiro e fevereiro de 2023. Portanto, a análise morfológica e molecular confirmou a identificação taxonômica da cigarrinha, sendo essa a primeira vez que foi identificada no Brasil.

Leandro destaca que as plantas infestadas mostraram clorose foliar, indicando amarelecimento devido à alimentação das cigarrinhas. Além disso, foi observada redução no crescimento das plantas, causada pela sucção de seiva, injeção de toxinas e deposição de honeydew, uma secreção açucarada que pode levar ao desenvolvimento de fumagina, um fungo que reduz a área fotossinteticamente ativa das plantas.

A preocupação central está na capacidade da Metadelphax propinqua de transmitir fitopatógenos prejudiciais à grama-bermuda e outras culturas, incluindo o milho. No entanto, a espécie ainda não tem ferramentas de manejo disponíveis no Brasil.

A cigarrinha é uma espécie polífaga, que se alimenta de diversas plantas, especialmente monocotiledôneas, como pastagens, cana-de-açúcar, cevada, milho e arroz. Como é uma espécie nova em cultivos brasileiros, o monitoramento contínuo é essencial para entender o problema. Além disso, entender a sua distribuição em Santa Catarina e seu impacto nos sistemas de produção de forragem no estado.

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