FIESC critica aumento do IOF e alerta para impacto negativo na indústria
Entidade afirma que medida desestimula investimentos e compromete o ambiente de negócios

A Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC) se manifestou contrária à decisão do governo federal, anunciada em 22 de maio, de elevar a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Segundo a FIESC, com aumento do IOF cresce também o custo do crédito, desestimula investimentos produtivos (especialmente no setor industrial) e agrava as dificuldades enfrentadas por quem busca empreender no Brasil.
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FIESC: aumento do IOF e impacto negativo na indústria
A FIESC também expressou preocupação com a instabilidade gerada pelo anúncio, reforçada pela posterior exclusão de fundos nacionais no exterior da nova regra, o que, segundo a federação, evidencia falta de coordenação na política econômica. Conforme a entidade, o aumento de tributos não é a solução para a frustração de receitas. Em vez disso, defende que o caminho seja o corte de gastos públicos e a melhoria da gestão do setor estatal, evitando assim medidas que comprometam a geração de empregos, renda e arrecadação.
Produção industrial de SC cresce 7,6% e puxa alta da economia no estado
A produção industrial de SC aumentou 7,6% nos meses de janeiro e fevereiro, segundo dados divulgados pelo IBGE. Desse modo, o resultado coloca o estado muito acima da média nacional, que foi de 1,4% no mesmo período. A indústria da transformação impulsionou o crescimento, com destaque para a fabricação de produtos de metal (21,1%) e de máquinas e equipamentos (20,2%).
O comércio varejista também contribuiu para o bom desempenho econômico do estado, com crescimento de 7,2% no primeiro bimestre. Os segmentos de tecidos, vestuário e calçados lideraram com alta de 11,3%, seguidos por móveis e eletrodomésticos (7,7%) e supermercados (6,9%). O desempenho catarinense ficou bem acima da média nacional, que fechou em 2,3%.
No setor de serviços, Santa Catarina registrou elevação de 4,5% entre janeiro e fevereiro. No mesmo intervalo, o Brasil teve crescimento de 2,6%. Os serviços prestados às famílias se destacaram com alta de 12,2%, enquanto o setor de transportes subiu 7,8%. Conforme o secretário de Estado da Indústria, do Comércio e do Serviço, Silvio Dreveck, o consumo elevado reflete a alta da renda e os investimentos em infraestrutura.
Com a economia aquecida, Santa Catarina gerou mais de 50 mil vagas com carteira assinada no primeiro bimestre, conforme o Caged. A taxa de desemprego caiu para 2,7%, a mais baixa da última década. Além disso, o Sistema Nacional de Emprego (Sine) mantém mais de 9 mil vagas abertas no estado, com oportunidades em setores como vendas, transportes, indústria, agronegócio e supermercados.