Estado terá programa de coleta itinerante de sangue e campanha permanente sobre herpes-zóster
Normativas sancionadas em março ampliam ações de saúde pública em Santa Catarina
Duas leis de origem parlamentar, voltadas à saúde pública, foram sancionadas pelo governo de Santa Catarina no mês de março. Uma delas é a Lei nº 19.271/2025, que cria o programa Vida em Movimento. A iniciativa tem como foco a promoção da coleta itinerante de sangue em todas as regiões do estado, utilizando veículos adaptados e seguindo os protocolos exigidos pelas autoridades sanitárias.
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Conforme a legislação, o governo estadual será responsável pela gestão do programa, garantindo que as coletas ocorram de forma periódica, com base na demanda local e na disponibilidade de recursos. Além disso, serão promovidas ações de conscientização e divulgação, com informações claras sobre datas, horários e locais de atendimento.
A lei também determina que o órgão responsável pelo programa apresente relatórios semestrais. Esses documentos devem avaliar a efetividade das ações e a qualidade do serviço, além de propor melhorias.
Segundo o deputado Oscar Gutz (PL), autor da proposta, a medida facilita o acesso de moradores de regiões remotas à doação de sangue. “A coleta itinerante elimina a necessidade de deslocamentos longos e ainda estimula uma cultura solidária de doação, essencial para manter os estoques abastecidos”, afirma.
Além da coleta itinerante de sangue, houve aprovação da campanha permanente sobre herpes-zóster
A segunda lei sancionada, nº 19.272/2025, institui uma campanha permanente de conscientização sobre a herpes-zóster em Santa Catarina. De autoria do deputado Altair Silva (PP), a medida tem como objetivo ampliar o conhecimento da população sobre sintomas, causas, formas de prevenção e tratamentos da doença.
A nova legislação prevê a divulgação por meio de anúncios em veículos de comunicação, fixação de cartazes, distribuição de cartilhas em locais públicos e privados, bem como a realização de palestras e audiências públicas.
O conhecimento sobre a herpes-zóster é essencial, principalmente entre os idosos. Ao promovermos uma campanha contínua, ajudamos a prevenir a doença e a orientar sobre formas eficazes de tratamento, o que melhora a qualidade de vida e reduz o impacto sobre o sistema público de saúde
destaca o deputado.
Doença afeta principalmente pessoas com baixa imunidade
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a herpes-zóster é causada pela reativação do vírus Varicela-Zoster, o mesmo que provoca a catapora. Embora essa infecção ocorra com mais frequência na infância, a forma reincidente costuma afetar adultos e idosos, especialmente aqueles com imunidade baixa.
Os sintomas mais comuns são lesões na pele em forma de bolhas, que surgem principalmente no tronco, rosto ou membros. Essas bolhas causam dor, coceira e ardência. Também podem ocorrer febre, mal-estar, formigamento, adormecimento e dor de cabeça. Em muitos casos, a dor se inicia antes das lesões e pode persistir mesmo após a cicatrização.
De acordo com dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH), divulgados no DataSUS, o Brasil registrou cerca de 2,6 mil internações por herpes-zóster em 2023. O número representa um aumento de 13,6% em relação a 2022, que contabilizou 2,3 mil casos. Em 2021, foram 2 mil internações — ou seja, 31,6% a menos em comparação com os dados mais recentes.
