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23 de junho de 2025 Rio do Sul

Em meio à febre dos bebês reborn, cidades de SC criam projetos para proibir atendimento a bonecas

Apesar da baixa incidência, municípios como Itajaí, Florianópolis e Palhoça querem evitar o uso indevido do sistema público


Por GCD Publicado 23/05/2025 às 12h33
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Propostas buscam evitar o uso indevido da rede pública por pessoas que simulam cuidados médicos com os bonecos. Foto: Carlos Junior

A onda de vídeos viralizados nas redes sociais mostrando pessoas levando bebês reborn para atendimento em hospitais e postos de saúde motivou a criação de projetos de lei em municípios de Santa Catarina. As propostas buscam evitar o uso indevido da rede pública por pessoas que simulam cuidados médicos com os bonecos.

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Itajaí, Florianópolis e Palhoça já apresentaram projetos legislativos com essa finalidade. Em Chapecó, embora ainda não haja proposta formal, o prefeito João Rodrigues (PSD) afirmou que autorizou a internação involuntária de quem insistir em levar o brinquedo para unidades de saúde, alegando que a prática “não é normal”.

Caso isolado motivou ações em Santa Catarina

Apesar da repercussão nacional, apenas um caso foi registrado em Santa Catarina até o momento. O episódio ocorreu em Itajaí, quando uma mulher levou uma boneca reborn a um posto de saúde, em janeiro, para simular a aplicação de vacina — a pedido da filha de 4 anos. Conforme ela, a intenção era publicar o momento nas redes sociais.

Bebês reborn: projetos de lei visam evitar “confusão” e desperdício de recursos

O vereador Beto Cunha (Republicanos), de Itajaí, protocolou projeto de lei proibindo atendimentos a bonecas reborn nas unidades de saúde do município. Segundo ele, a iniciativa busca “evitar confusões, desperdício de recursos públicos e prevenir possíveis riscos à saúde pública”.

Em Palhoça, o projeto foi apresentado pelo vice-prefeito em exercício, Rosiney Horácio (Podemos). Em vídeo publicado nas redes sociais, ele aparece arremessando uma boneca reborn ao chão como forma de crítica ao movimento. A prefeitura, no entanto, informou não haver registro de atendimentos desse tipo no município.

Já em Florianópolis, o vereador Claudinei Marques (Republicanos) apresentou proposta semelhante no dia 19 de maio. O projeto pretende “garantir a clareza e eficácia do atendimento em saúde pública, evitando equívocos, assim como, priorizando pacientes humanos”.

Chapecó: “Vamos internar quem levar boneco para consulta”, diz prefeito

Em Chapecó, o prefeito João Rodrigues publicou um vídeo classificando como “loucura” os casos de pessoas que tentam consultar bonecas reborn. Apesar da ausência de registros, ele foi enfático:

Se alguém inventar de entrar numa unidade de saúde e pegar uma ficha para levar um bebê reborn, a ordem está dada: vamos internar involuntariamente. Porque a pessoa não pode estar bem

citou João.

Até o momento, nenhum hospital estadual em Santa Catarina confirmou atendimentos a bonecos reborn, de acordo com levantamento da NSC Total e informações de prefeituras e unidades de saúde.

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