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10 de julho de 2025 Rio do Sul

Transporte escolar preocupa pais nos primeiros dias de aula dos alunos do Dalfovo na Uniasselvi

Superlotação e insegurança marcam início do trajeto até nova escola que funciona na estrutura da Uniasselvi


Por GCD Publicado 25/06/2025 às 17h12
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Muitos estudantes enfrentaram superlotação nos ônibus que fazem o trajeto até a nova sede, gerando preocupação entre pais e responsáveis. Foto: divulgação/Cre

Após a realocação dos alunos da Escola Educação Básica Alfredo Dalfovo para o prédio da Uniasselvi, em Rio do Sul, os primeiros dias de aula na nova estrutura foram marcados por reclamações relacionadas ao transporte escolar. Muitos estudantes enfrentaram superlotação nos ônibus que fazem o trajeto até a nova sede, gerando preocupação entre pais e responsáveis. Embora a estrutura física do novo local tenha sido elogiada, a logística do transporte acabou sendo o principal desafio observado neste início.

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A mãe Luciana Machado Francener, que tem uma filha no 7º ano do ensino fundamental, relata que no primeiro dia não permitiu que a estudante seguisse no transporte oferecido pela rede estadual, devido à grande quantidade de alunos em pé e à falta de segurança.

O primeiro dia, eu levei no ponto, no bairro, no posto Pilão, foi um caos, foi um caos total. O ônibus já tinha bastante criança dentro, então o ponto tava cheio, entrou todo mundo, tinha um professor que falou que os pequenos iam sentados e os maiores teriam que ir em pé. Aí falei que não, que a minha filha em pé não ia, por causa da segurança, então a segurança foi assim zero, sabe? Tirei ela de dentro do ônibus, e eu mesma levei ela para a escola

afirmou Luciana.

Transporte escolar dos alunos: pais relatam melhorias no segundo dia, mas apontam necessidade de reforço na frota

No segundo dia, Luciana levou a filha até o pátio da Capela São Francisco, ponto de embarque principal. Segundo ela, o transporte funcionou de forma mais organizada, com a presença de três ônibus, mas ainda com excesso de passageiros, com alunos em pé e assentos superlotados.

Cheguei lá tinha os três ônibus, ela embarcou no ônibus amarelo, entrou tudo certinho, até falei para a motorista que estava ótimo, que estava todo mundo sentadinho. Só que nisso começou a vir mais, foi mais ou menos uns oito, nove, em pé, os pequenos e alguns foram sentados. Aí tinha duas professoras também que foram em pé. Os outros ônibus também a maioria sentado. Só que daí sentados os pequenininhos, estavam três em cada banco, sentados, esmagadinhos, e em cada ônibus deveria ter uns oito, nove em pé, em cada ônibus. Aí hoje já foi um pouco mais tranquilo. Só que acho que era necessário pelo menos mais um ônibus. Se tivesse mais um ônibus lá no pátio, sairia bem mais tranquilo, bem mais seguro

comentou Luciana.

A mãe da estudante reforça que a mudança para a Uniasselvi trouxe benefícios em termos de estrutura e conforto. Mas, a distância maior até o novo prédio torna o transporte um ponto crucial a ser resolvido.

Pela escola ser longe, tranquilo, por ser lá na Uniasselvi, é ótimo, é maravilhoso. Para as crianças é conforto. A minha preocupação é o transporte, que teria que ter mais uns dois ou três ônibus, para ser uma coisa assim mais tranquila, mais segura

declarou Luciana.

Coordenadoria acompanha situação e busca soluções junto à empresa responsável

O integrador de Educação da Coordenadoria Regional de Rio do Sul, Rodrigo Rafael Rodrigues, afirma que a equipe acompanha de perto o início das aulas na nova estrutura e que a situação do transporte está sendo monitorada com prioridade. A equipe responsável pretende fazer os ajustes nos próximos dias, conforme a demanda observada em cada ponto de embarque.

Na segunda-feira, a gente teve esse desafio, e parece que as coisas ainda foram mais desafiadoras. Na segunda-feira teve chuva, teve frio, teve todo tipo de coisa. A gente tá acompanhando, a gente fez uma logística em cima de estudo de alunos, por ponto, por localidade, a maneira que ele vinha até a escola. Assim, montou um plano de ação com cinco ônibus com mais variedade de pontos, variedade de saída, e esse estudo continua sendo feito. A gente fez uma coisa na teoria, no papel, e a partir de segunda ele começou a acontecer de forma prática. E a gente foi identificando e ficou evidenciado alguns ajustes, algumas distribuições pouco melhor de ponto e tal. É óbvio que um processo do qual a gente não estava familiarizado, nem os alunos, nem a gente aqui da CRE. Algumas incongruências aconteceram, mas a gente tentou minimizar o possível para que acontecesse de melhor forma. E, mesmo assim, tendo em vista tudo que aconteceu, eu posso afirmar que foi um sucesso porque a gente conseguiu levar quase todos, foram duas ou três situações pontuais onde teve um número elevado de alunos dentro de alguns ônibus, por quê? Alguns alunos não foram ao ponto que eles deveriam, né? Às vezes a gente também não tinha informação quando foi feito um questionário, mas isso tudo está sendo ajustado

disse Rodrigo.

Rodrigo destaca que o transporte está sendo planejado para atender todos os alunos com segurança e que, mesmo com a complexidade da realocação, a prioridade é resolver as falhas com agilidade.

A gente tem uma capacidade que gira entre 190 – 200 e poucos alunos sentados dentro dessas linhas. A gente está num primeiro momento priorizando que vão sentados os alunos menores até o quinto, sexto ano, educação infantil. E os maiores, que já têm uma certa autonomia, eles vão em pé, segurando nos bancos. São ônibus adaptados com local para segurar. O transporte dura 15 minutos no máximo que o aluno vai ficar naquela situação. Ou seja, se a gente teve 190 a 200, a gente está recebendo uma média de 220, 230 alunos por período nesses dois dias. 20 – 30 alunos divididos em cinco ônibus é pouco, considerado que tem alunos adolescentes que obviamente já devem se locomover de ônibus. Enfim, a maioria, que é a principal insegurança dos pais, os pequenos vão sentados, tem monitor, então a gente está trabalhando em um número aceitável

falou Rodrigo.

A Secretaria de Estado da Educação atendeu a uma recomendação do Ministério Público. Dessa forma, após reuniões, definiu-se que os alunos da Escola de Educação Básica Alfredo terão aulas na Uniasselvi. Assim, a CRE transferiu cerca de 400 alunos para o novo espaço, que oferece melhores condições de estrutura física e pedagógica. Rodrigo reforça que a adaptação exige atenção em vários pontos e que o diálogo com os pais é fundamental neste momento.

A gente está trabalhando com o máximo aí, 54 – 59 alunos por ônibus. Um número bem tranquilo e a gente está cada vez diminuindo mais, acertando os pontos. O que quero pedir, principalmente aos pais e à comunidade em geral, é um pouco de paciência, porque esse estudo, como falei no início da entrevista, ele era no papel, agora ele está passando para a prática. Daqui a pouco, ah, Rodrigo, não está colocando mais um ônibus, não tem problema nenhum. O que não pode é mais ou menos o que está se desenhando assim, ah, que vai ficar desse jeito, que há uma certa indiferença por parte da CRE, jamais. A gente está ali, dando a cara na frente do processo, a gente está todo dia lá na porta dos ônibus, acompanhando justamente para acontecer da forma mais assertiva possível. Então, se daqui a pouco for preciso fazer ajustes, ajustes serão feitos. Não é isso ali, não é nenhuma unanimidade desse jeito e pronto, pais aceitem, quem não tá feliz, a gente continua em um processo de ajuste e adequação que vou dizer para vocês, da segunda relacionada à terça melhorou muito e pode ficar bem melhor até que fique a contento de todos

concluiu Rodrigo.

Ouça abaixo a reportagem completa sobre o transporte escolar:

1 comentário

  • Nicoli
    25/06/2025 às 21:08

    Meu filho não estuda no dalfovo, ele estuda no Sesc, sempre passamos pela escola pois é caminha da nossa casa. Desde sempre foi um cais passar pela escola nos horários de entrada e saída dos alunos. Os pais não respeitam, param no meio da rua, os carros estacionam dos dois lados o que dificulta a passagem e por aí vai… Já não bastava o caus em frente à escola, agora ele se instala em frente a minha casa. Isso é um absurdo! No primeiro dia tive que discutir com o motorista do ônibus que estacionou na entrada da minha casa, pedi para ele retirar o ônibus da minha entrada e ainda achou ruim.

    A prefeitura deveria encontrar outro ponto de embarque e desembarque por que assim tá difícil… fora que os ônibus nem tem logística para manobras ali.

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