PF encontra caixa suspeita com possível explosivo próximo ao STF
Caixa enterrada nas proximidades do STF passa por investigação da Polícia Federal após atentado em Brasília
As equipes da Polícia Federal encontraram uma caixa enterrada nas proximidades do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, que pode conter material explosivo. A descoberta aconteceu após uma série de explosões no local na noite de quarta-feira (13).
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Em coletiva nesta quinta-feira (14), o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, informou que o conteúdo da caixa será analisado como parte das investigações sobre o atentado. O principal suspeito, identificado como Francisco Wanderley Luiz, conhecido como “Tiu França”, de 59 anos, morreu no incidente.
Natural de Rio do Sul (SC), Luiz morava no Distrito Federal há cerca de três meses e havia alugado uma casa em Ceilândia.
Histórico do suspeito levanta questões
Luiz, além de sua residência no Distrito Federal, mantinha residência fixa em Rio do Sul, onde chegou a se candidatar a vereador pelo Partido Liberal (PL) em 2020. A polícia agora busca entender o possível envolvimento dele em atos de violência e outros movimentos radicais.
Horas antes do ataque, Luiz publicou mensagens em redes sociais nas quais declarava que iniciaria uma “revolução” e desafiava a Polícia Federal a localizar supostos explosivos que ele afirmava ter espalhado por Brasília.
Além disso, ele também ameaçou figuras públicas como o jornalista William Bonner, os ex-presidentes José Sarney e Fernando Henrique Cardoso, o vice-presidente Geraldo Alckmin, entre outros, referindo-se a eles com termos ofensivos e insinuando que seriam “comunistas”.
Explosão e investigação em andamento sobre caixa com possível explosivo
De acordo com o diretor-geral da PF, o caso está sendo investigado como um possível atentado terrorista e uma ação que ameaça o Estado Democrático de Direito. Em coletiva de imprensa, Rodrigues afirmou que, até o momento, não está claro se o suspeito agiu sozinho ou com apoio de outros envolvidos.
A polícia está conduzindo diligências adicionais, inclusive utilizando drones e tecnologia de escaneamento 3D, para mapear a área e identificar possíveis vestígios de explosivos ou outros materiais que possam indicar a dimensão do ataque.
“A gravidade dos artefatos encontrados e o planejamento prévio demonstram uma ameaça real e substancial”, disse Rodrigues. Ele mencionou que os artefatos explosivos, embora de fabricação artesanal, foram montados com fragmentos para maximizar o potencial destrutivo, similar ao efeito de uma granada.
Investigações em Rio do Sul e outras regiões
As investigações da Polícia Federal se estendem também para Rio do Sul e cidades do Alto Vale, com a coleta de depoimentos. As autoridades, portanto, buscam evidências que possam esclarecer como ele teria obtido e manipulado os materiais explosivos.
O diretor-geral explicou ainda que as investigações incluirão o rastreamento de possíveis financiadores ou cúmplices que possam ter ajudado Luiz a realizar o ataque. “Queremos entender se há um apoio financeiro ou logístico por trás dessas ações”, declarou.