Morador de Rio do Sul encontra resíduos hospitalares trazidos pela enchente
Um morador do bairro Canoas, em Rio do Sul, acionou a reportagem do Grupo de Comunicação Difusora após encontrar no quintal de casa, resíduos hospitalares, possivelmente trazidos pela enchente.
Após o nível do rio baixar, Francisco Pereira fez a descoberta na própria residência. “É um descaso com a comunidade, um desrespeito com toda a população rio-sulense. O ideal mesmo era a prefeitura disponibilizar pessoas para tirar esse material hospitalar. Pode estar contaminado e a gente não tem como saber, vai que nos contaminamos e pegamos uma doença”, afirma o morador.
Em sequência a equipe entrou em contato com o órgão municipal responsável pelo setor, relatando a situação. A prefeitura de Rio do Sul, em um primeiro momento, encaminhou um profissional para averiguar os materiais e realizar o recolhimento. Após a investigação, conforme o diretor da Vigilância Sanitária, James Rides da Silva, foi identificado que, de fato, se trata de resíduos hospitalares.
Resíduo não oferece risco à saúde pública
De acordo com James o resíduo não oferece nenhum tipo de risco à saúde pública. “Ele identificou isso como materiais hospitalares e acionou a Vigilância Sanitária. Fez corretamente, não manipulou esse material. Assim, recolhemos o material, levamos para a equipe de epidemiologia que fez a investigação. Todos esses materiais têm identificação, nós fizemos o rastreamento. Ele era oriundo de um hospital aqui de Rio do Sul. Todas as embalagens hospitalares que estavam nesse local são materiais que não entraram em contato com fluídos corpóreos. Além disso, não tinha medicação junto com esse tipo de material e são recipientes limpos. O soro fisiológico vem em volta de uma área plástica. Após a utilização, ela é considerada como lixo seco e limpo. Assim, é destinado para reciclagem, existem alguns recicladores que retiram esse material do hospital”, conta.
James ainda explica que existem diferentes tipos de lixos hospitalares, e que cada um tem uma forma adequada de descarte. “Por fim, o lixo contaminado vai para uma destinação. O que tem algo perfurante, ele tem outro tipo de destinação, que são empresas especializadas que recolhem, levam e dão o destino correto. Então, o material que a gente encontrou era um lixo limpo, esse material não possui nenhum índice de contaminação para o ser humano. Então, eles se dão o destino não em um lixo comum, mas no reciclável, como plástico”, finaliza.