Jovem de Atalanta reconstitui expedição feita por Charles Darwin
Quase 200 anos depois, a iniciativa Darwin200 convoca jovens a embarcarem em uma viagem para expedição feita por Charles Darwin e desenvolver projetos de conservação ambiental. Um dos selecionados foi Vitor Zanelatto, natural de Atalanta. O jovem de 21 anos, estudante de Ciências Biológicas na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), passou sete dias a bordo do veleiro Oosterschelde junto a outros jovens do Brasil, Argentina e Reino Unido.
Vitor comenta que este é o momento ideal para a expedição. “Estamos enfrentando uma série de crises. Desde emergência climática, com eventos cada vez mais extremos em todas as regiões do planeta ondas de calor, enchentes, ciclones. Nós temos muitos ecossistemas degradados para restaurar. Temos uma crise da perda de espécies em todos os ecossistemas, é o momento de olhar para o passado e para o futuro. Nós temos muito para fazer”, conta. O não é um projeto apenas para líderes conservacionistas. “Também está trabalhando com escolas em todos os lugares onde a expedição está passando. A expedição vai passar por todo o planeta produzindo conteúdos de muita importância para falar sobre a perda de espécies e sobre iniciativas de conservação em todas as escolas”.
O estudante ressalta a necessidade de ter em mente que mudanças devem ser feitas hoje para garantir o futuro. “Eu fico muito feliz de poder fazer parte deste projeto. Mas o objetivo que nós estamos delineando aqui é responsabilidade de todos, no sentido de que nós precisamos de fato reunir esforços. Além disso, quando a gente fala que nós estamos enfrentando crises muito significativas, nós estamos percebendo isso no nosso dia a dia. Então, é essencial ter em mente que nós precisamos fazer mudanças e refletir sobre o que pode ser feito agora para garantir um futuro”, explica.
Expedição reuniu jovens de todo mundo
A expedição reuniu jovens de todo o mundo para trabalharem em projetos de conservação e entender tanto sobre as espécies que Darwin estudava quanto novos exemplos que estão sofrendo pressões e sendo ameaçadas de extinção. Vitor explica que irá identificar algumas espécies de corujas e compreender o papel que elas desempenham em áreas de agricultura, que passam pela interferência humana. “Eu estou trabalhando com algumas espécies de coruja que vivem aqui e que desempenham importantes serviços ecossistêmicos, sobretudo em áreas rurais. Então, as corujas, podem fazer o controle de espécies de roedores, que são muito danosos às culturas agrícolas e também podem disseminar algumas doenças”, finaliza.
Foto: Dario Podesta
