Família denuncia vandalismo em túmulos no cemitério de Rio do Sul e pede ação urgente
Além da destruição, a falta de água no local agrava a situação, e moradores fazem apelo por mais segurança e respeito
Uma visita rotineira ao Cemitério Municipal, no bairro Santana, em Rio do Sul, realizada mensalmente para cuidar da limpeza e preservação dos túmulos, resultou em uma triste surpresa: o nome do irmão mais novo foi arrancado da lápide e deixou a família desolada diante da prática de vandalismo.
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O que deveria ser um momento de respeito e memória se transformou em uma experiência traumática.
Iléia Aparecida da Silva de Borba relata que, ao caminhar pelo cemitério, percebeu que a violação não se limitava ao túmulo de seu irmão. Muitos outros também estavam com lápides danificadas e partes removidas.
Foi nesse momento que tivemos essa triste surpresa de ver que foi literalmente arrancado, com algum instrumento, o nome do meu irmão. Eu comecei a andar ao redor da quadra e percebi muitos túmulos mexidos.
contou Iléia Aparecida da Silva de Borba.
De acordo com Iléia, o vandalismo em túmulos não é apenas uma violação física, mas um ataque à memória e à dor de quem perdeu um ente querido.
Foi triste pra mim, foi triste pra minha mãe. Ela chorou muito, né? A gente se esforça pra deixar lá limpo, bonito, um espaço realmente que a gente goste de chegar lá, de ver. Não é uma situação que a gente gosta de vivenciar, mas pelo menos dá um conforto para esses entes que já foram. É revoltante, respeitem a gente, nossa dor, nosso momento.
desabafou Iléia.
Falta de água no cemitério agrava a situação
Além do vandalismo, Iléia informou outro problema: a falta de água no cemitério, o que impossibilitou a limpeza adequada do túmulo.
Nossa, eu fui em umas cinco torneiras lá, não tinha uma gota de água lá. Então não foi nem possível limpar o túmulo, a lápide dos meus irmãos.
reclamou a moradora.
A situação gerou indignação e um forte apelo por mais segurança nos cemitérios. Embora seja papel do poder público garantir a segurança desses locais, também é necessária uma conscientização geral da população sobre o respeito aos espaços onde as famílias prestam suas homenagens.
Vou registrar um boletim de ocorrência. Muito mais do que a revolta, é a dor de você chegar lá e não poder ver nem o nome do teu irmão lá. Literalmente roubaram a data de nascimento, data de falecimento, o nome inteiro. Realmente é uma situação que cabe uma atenção especial do poder público, de maior fiscalização, de maior segurança. Porque às vezes a família economizou um pouquinho para deixar lá o espaço bonito, daí chegar lá e ver destruído por malandros, por vândalos.
comentou Iléia Aparecida da Silva de Borba.
Melhorias e prevenção
Após a publicação de Iléia nas redes sociais, uma sugestão foi proposta: gravar os nomes e datas diretamente na pedra da lápide, uma alternativa mais duradoura e resistente ao vandalismo.
Essa sugestão de gravar na pedra eu gostei, talvez esteticamente não seja tão bonito, mas eu acredito que eu vou partir para essa situação, sabe, de gravar no próprio mármore.
avaliou a moradora.
Manifestação da prefeitura
Em resposta ao ocorrido, de acordo com a Assessoria de Comunicação da Prefeitura, melhorias estão sendo realizadas no cemitério municipal para aumentar a segurança. Além da instalação de câmeras em um dos trechos do espaço, novos investimentos estão previstos.
Do mesmo modo, a Guarda Municipal tem feito rondas constantes no local e estuda alternativas para inibir a presença de pessoas que possam danificar o patrimônio público e privado.
Por fim, sobre os furtos já ocorridos, a prefeitura orienta os proprietários a registrarem um Boletim de Ocorrência (BO) para oficializar a situação.
Ouça a reportagem completa: