Eleições argentinas têm observador de Rio do Sul
Na semana passada, três advogados catarinenses participaram de uma missão internacional: observar as eleições argentinas. Entre os escolhidos, o rio-sulense e também professor de Direito Internacional e Penal da Unidavi, Rui Voltolini, convidado por duas organizações internacionais: a Transparência Eleitoral e a Caoeste. Ao todo, foram cinco dias na Argentina, com reuniões e visita ao Tribunal Superior de Buenos Aires até chegar na missão.
Rui detalha a experiência vivenciada por ele e pelos colegas de profissão durante as eleições, e o sistema de votação na América Latina, totalmente manual, com a contagem dos votos, na própria zona eleitoral. “Foi uma experiência interessante e não foi só a observação no dia da eleição. Nós tivemos conversas com membros de partidos políticos para ver como funciona, se eles confiam no sistema eleitoral. Não houve reclamação efetivamente do sistema. Porque é tudo muito claro, cada partido tem o seu fiscal extremamente atento à contagem dos votos. Cada sessão eleitoral conta os seus votos e já transmite essa informação para a justiça eleitoral argentina. Então ele é um sistema diferente, interessante e rápido”, conta.
Outro aspecto interessante, de acordo com Rui, é a tranquilidade nas sessões eleitorais. “Não há tumulto e aglomeração. Falando do sistema na hora de votar é diferente do Brasil. A urna e os mesários ficam fora da sala. A pessoa chega se identifica, você entra sozinho nessa sala tem mesas e nelas tem um panfleto do partido político. A pessoa pega o panfleto, coloca dentro de um envelope branco que você ganha quando chega dos mesários, fecha o envelope, sai e deposita na urna. Então lá dentro dessa sala você fica sozinho”, relata.
Segundo turno das eleições
Por fim, no dia 19 de novembro será realizada o segundo turno das eleições. “São dois candidatos, o peronista Sergio Massa e o candidato da extrema direita Javier Milei. Conversando com as pessoas é uma eleição que não podemos ter uma conclusão ainda, não podemos ter nem efetivamente uma ideia de quem vai ganhar”, finaliza.