Dragagem do rio Itajaí-Açu, em Rio do Sul, não deve ser concluída no prazo
Obra, contratada em caráter emergencial, tem prazo para conclusão até novembro de 2024. No entanto, é cogitado aditivo de tempo
Com o prazo de conclusão previsto para novembro, as obras de dragagem do rio Itajaí-Açu, em Rio do Sul, correm o risco de não ser finalizadas dentro do período estipulado. A interrupção dos trabalhos de desassoreamento, provocada pelas enchentes, atrasou o início em um mês.
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A ordem de serviço para a dragagem, assinada em 11 de maio, prevê a remoção de aproximadamente 190 mil metros cúbicos de sedimentos ao longo de 8,2 km.
O projeto prevê cerca de 190 mil metros cúbicos no total da obra. Aqui tinha cerca de 30 centímetros a meio metro, e agora, depois que a gente passar com a batimetria novamente, provavelmente vai passar de dois metros de profundidade.
diz o engenheiro civil da Defesa Civil de Santa Catarina e fiscal da obra, Matheaus Vieira.
Vieira afirma que a equipe enfrenta dificuldades para cumprir o cronograma para a dragagem, já que a obra foi paralisada. Apesar disso, há possibilidade de solicitar aditivos de prazo.
Devido aos 52 dias não trabalhados, provavelmente não vai dar para executar todo o material retirado, mas a gente está trabalhando com a possibilidade de aditivo de prazo, mas é bem difícil, por se tratar de uma obra emergencial.
explica o engenheiro civil da Defesa Civil de Santa Catarina e fiscal da obra.
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Como está o progresso da dragagem
O engenheiro do consórcio responsável pela execução da dragagem do rio Itajaí-Açu, Denilson Sardá, explicou que no primeiro trecho havia pouca concentração de material, facilitando o trabalho.
Apesar disso, na etapa seguinte, a equipe encontrou cascalho. Isso tem provocado lentidão no progresso da dragagem.
A concentração de material para trás não era grande, o material para trás era mais uma areia suja com terra. E a gente focou mais na limpeza, porque desbarrancou muito o salude, a gente trabalhou mais nessa parte. E a limpeza dentro do rio não era tanto. E como era areia, era fácil retirar. Quando a gente chegou aqui na ponte Ivo Silveira, mudou a dificuldade, começou a aparecer o cascalho e a gente para baixo só tem cascalho. Então está sendo fácil de retirar, mas vai ser um trabalho demorado e bastante material para sair, então a gente vai ficar um bom tempo agora entre essas duas pontes.
comenta o responsável pela execução da obra, Denilson Sardá.
No trecho atual de trabalho, a expectativa é que, ao final da dragagem, a profundidade do rio Itajaí-Açu aumente para cerca de três metros.
Então o que acontece, aqui nesse trecho que a gente está fazendo com essa limpeza, a gente chega ali, a concha tem um metro, a gente chega e fica metade da concha fora, então chega em 50, 80 centímetros de profundidade só de água, a gente está usando a escavadeira para fazer essa limpeza. Então a gente acredita que chega a 3 metros para fazer essa limpeza. Então o rio vai dar muita diferença em função da quantidade de material e essa limpeza. O rio, a profundidade que ele tem hoje nesse trecho todo aqui da ponte Ivo Silveira pra cima, é raso.
explica Denilson Sardá.
Melhorias fluviais no Alto Vale
A dragagem do rio Itajaí-Açu faz parte de uma iniciativa de melhorias fluviais no Alto Vale do Itajaí e tem um custo estimado de R$ 16 milhões.
A obra foi contratada em caráter emergencial devido à decretação de situação de anormalidade no município de Rio do Sul em novembro de 2023, permitindo que o contrato tenha duração máxima de um ano.
Ouça a reportagem na íntegra: