Conheça Xico Stocker e a paixão por raios
Fotógrafo de Rio do Sul que há mais de 40 anos se dedica à profissão

No mês em que se comemora o Dia do Fotógrafo, conheça o rio-sulense Xico Stocker que há mais de 40 anos se dedica à profissão no Alto Vale. Entre as milhares de fotos registradas ao longo da carreira, as que mais se destacam são os raios e relâmpagos. Basta o céu dar os sinais de que vem chuva, que o fotógrafo, para tudo o que está fazendo para se dedicar aos raios. Mas se engana quem acha que ele iniciou os trabalhos fotografando uma de suas paixões.
A carreira do riosulense começou na década de 80, quando ele, dois anos depois, comprou a sua primeira câmera fotográfica, na época com 24 anos. Até registrar os fenômenos que dão um verdadeiro espetáculo, Stocker teve que focar as lentes em outros lugares. “Iniciei fotografando de tudo, desde formiga, sapos, gotas d ‘água, flores, nuvens, chuvas, e eu não tinha intenção de usar fotografia como profissão”, conta.
Porém esse pensamento mudou, quando ele, incentivado na época pela namorada e atualmente esposa, Rose, realizou sua primeira Exposição Fotográfica. O evento aconteceu em 1986, na Galeria de Artes da Fundação Cultural e a partir desse dia, as portas se abriram ainda mais para Xico mostrar o seu talento e a paixão pela fotografia. “As pessoas começaram a me convidar para eu fazer books, casamentos e aniversários. Depois vieram os pedidos para fotografar produtos, máquinas e equipamentos para catálogos. Mas, hoje eu me dedico basicamente à fotografia artística e registro principalmente os temas que eu explorava no início dos anos de 1980. Muitos desses temas estão eternizados no livro Meu Olhar, que eu lancei no ano passado pelo Prêmio Nodgi Pellizzetti de incentivo à cultura. Mas, a minha grande paixão mesmo são os raios. Eu já virei madrugadas à caça deles e consegui registrar alguns fantásticos”, relata.
Como fazer uma boa foto
Xico conta que ao longo destes 42 anos de carreira não segue nenhum ritual para as fotografias. Ele afirma que, o que determina a hora e o local é a própria natureza. Entre as dicas, conhecer bem o equipamento que for utilizar na hora de fotografar. “Eu costumo utilizar luz natural, evito o flash e trabalho com a câmera manual, porque assim eu determino a luz e o efeito que eu quero e não fico dependendo da vontade do equipamento. Um exemplo são as fotos com aparelhos celulares ou telefones móveis. Eles estão cada vez melhores e nos permitem obter imagens fantásticas, mas também nos levam a fazer fotos muito ruins, desfocadas, muito escuras e mal enquadradas. Por isso é fundamental que as pessoas tenham o mínimo conhecimento do equipamento que estão usando”, revela.
E a pergunta clichê que não pode faltar para um bom fotógrafo é: Qual foto mais te marcou na carreira profissional? E a resposta surpreendeu. “Eu tenho muitos momentos marcantes, mas eu sempre digo que a foto que mais me marcou foi uma que eu não fiz, porque eu estava sem a câmera. Mas, aquela imagem não sai da minha cabeça. Um cachorrinho pinscher, atravessando vagorosamente uma ponte em Ascurra bem no meio da pista, e atrás dele uma fila de caretas na mesma velocidade dele, com todo cuidado”.






Esse meu conterrâneo brusquense é fenomenal!
Grande profissional da fotografia e um amante da arte. Palmas para ele.