Biblioteca Pública Municipal Nereu Ramos comemora 80 anos

A Biblioteca Pública Municipal Nereu Ramos de Rio do Sul completou neste mês, 80 anos de história. Destas oito décadas, uma faz parte da carreira da bibliotecária Raquel Bezerra.
Passear pelos corredores, escolher e folhear um livro, algo comum nos dias de hoje, onde as pessoas que tem o gosto pela leitura, se desconectam das redes sociais e entram no mundo da imaginação, onde as páginas dão vida à histórias, sejam elas de ficção, da vida real, infantis ou não. Já para outros é possível unir a paixão pela literatura e o trabalho.
É o caso da Raquel Bezerra, que há 10 anos exerce a função de bibliotecária na Biblioteca Pública Municipal Nereu Ramos de Rio do Sul. Ela conta que esse amor pelos livros veio através do pai e que é capaz de mudar a vida das pessoas. “Todos os dias estou com livros. Então, a informação é o meu material de trabalho. Para mim, o livro faz toda a diferença na minha vida. Desde que eu lembro sempre tinha na minha casa, o meu pai gostava muito de ler e começou já de pequena esse gosto pelo livro. Portanto, eu vejo o livro como algo essencial, tanto no meu desenvolvimento, como qualquer cidadão que possa ter informações, fazer suas escolhas para conseguir viver em sociedade. O livro é a pedra fundamental de tudo”, enfatiza.
Biblioteca tem público assíduo
Ao todo, a Biblioteca Pública Municipal tem 25 mil exemplares, que vão desde as áreas do conhecimento: filosofia, sociologia, antropologia, literaturas estrangeiras e brasileiras, até livros acessíveis em braille e 50 kindles (livros digitais). Raquel comenta que apesar das redes sociais, a demanda é positiva, com a biblioteca cheia, empréstimo de livros e um horário flexível, sem fechar para o almoço. “Temos bastantes usuários, crianças também, que vêm na biblioteca e são assíduos, todas as semanas vêm com seus livrinhos para fazer a troca. A gente tem um público bem representativo. Além disso, o bom é que a gente vê muitas crianças que têm esse hábito de leitura e frequentar a biblioteca”, ressalta.
Nestes 80 anos de história da Biblioteca, comemorado no dia 21 de outubro, uma década faz parte da carreira da Raquel, que não esconde o amor à profissão. Além do seu xodó da literatura: “O mundo de Sofia”, ela tem uma peculiaridade: sentir o cheiro de cada novo exemplar que chega à prateleira. “É uma coisa simples, pegar o livro, começar a ler, se identificar com algumas histórias e leva aquele livro como exemplo para vida”, ressalta. Por fim, para os próximos anos Raquel enfatiza que vai estar na biblioteca e sempre com um atendimento profissional.