Associação Mover Caminhos abrirá casa de acolhimento em Rio do Sul
Unidade será a quarta gerenciada pela entidade no Alto Vale e deve começar a funcionar entre julho e agosto

A Associação Mover Caminhos deve inaugurar uma casa de acolhimento institucional em Rio do Sul, no bairro Progresso. A previsão é que a unidade comece a funcionar entre os meses de julho e agosto. Essa será a quarta casa gerenciada pela entidade no Alto Vale do Itajaí, somando-se às estruturas já existentes em Presidente Getúlio, Trombudo Central e Rio do Oeste.
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Capacidade para até 20 acolhidos por casa
As casas atendem crianças e adolescentes de zero a 18 anos incompletos. Conforme a gerente institucional da associação, Eliete Sander Troupos, a nova unidade vem para suprir uma demanda crescente por acolhimento na região. Cada casa tem limite de até 20 acolhidos. De acordo com Eliete, o acolhimento é sempre uma medida protetiva temporária.
O acolhimento é uma medida protetiva e ele consiste na inclusão de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, ou de risco pessoal. Então essas crianças tiveram seus lares fragilizados e elas vêm para o acolhimento. O acolhimento é provisório, ele é excepcional. Enquanto elas estão bem guardadas aqui, tendo seus direitos garantidos, que é moradia, saúde, educação, esporte, cultura, lazer, tem toda uma rede trabalhando com essa família. Em muitos casos, a criança retorna para o seu lar de origem, ela acaba indo para uma família extensa ou ela vai para adoção, ou em alguns casos ela atinge a maior idade conosco
disse Eliete.
As unidades funcionam como uma “empresa social”, com equipes formadas por psicólogos, educadores, assim como, assistentes sociais e profissionais administrativos contratados em regime CLT. Todos passam por formações contínuas para atender com qualidade os acolhidos.
Comunidade pode contribuir com as casas de acolhimento da Associação Mover Caminhos
A Associação Mover Caminhos também convida a comunidade a participar. A população pode colaborar por meio de doações, trabalhos voluntários ou apadrinhamentos, como destaca Eliete.
A gente gostaria que a comunidade olhasse para os acolhimentos como forma de inseri-los. Se as pessoas quiserem apadrinhar, quiserem fazer uma doação, se quiserem fazer um trabalho comunitário nas casas, são todos bem-vindos, porque elas não estão aqui excluídas. Elas estão aqui por um período, uma medida protetiva, mas elas seguem sua vida normal. As crinaças vão para a escola, para o futebol, vão para a aula de desenho, alguns adolescentes já estão inseridos no mercado de trabalho. Então eles saem para trabalhar e retornam para o acolhimento, estudam, então aqui é uma casa. Tanto que todos os acolhimentos hoje têm uma identidade doméstica, justamente para amenizar esses traumas, não ser nada institucionalizado, né?
concluiu a gerente.
Ainda segundo a gerente, a nova casa poderá ter um perfil voltado para a saúde mental. A proposta, no entanto, continua em fase de definição.
Ouça abaixo a reportagem completa sobre a nova casa de acolhimento: