Três anos sem Marília Mendonça: relembre o legado da cantora
Com trajetória meteórica, Marília Mendonça transformou o sertanejo e continua a impactar o gênero
Nesta terça-feira, 5 de novembro, completam-se três anos da morte de Marília Mendonça, uma das maiores vozes da música sertaneja e expoente do movimento feminejo. A cantora e compositora, que faleceu aos 26 anos em um acidente aéreo em 2021, construiu uma carreira repleta de sucessos, prêmios e recordes que deixaram uma marca profunda no sertanejo.
Conhecida como “Rainha da Sofrência”, Marília Mendonça trouxe uma linguagem direta e autêntica para o gênero, conquistando fãs de todas as idades. Com informações da CNN.
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Início da carreira
O talento de Marília Mendonça despontou ainda na adolescência. Wander Oliveira, fundador da Work Show e primeiro empresário da artista, contou que ela o procurou quando ainda era muito jovem, com um álbum de músicas autorais.
As músicas não eram comerciais, mas para uma menina de 13 anos, o talento era surpreendente
Wander Oliveira em entrevista ao canal de André Piunti no YouTube
Ainda que hesitante em investir em sua carreira como cantora, Oliveira a contratou como compositora, com um salário inicial de cerca de R$3 mil. Mais tarde, ao perceber o momento certo, Wander lançou Marília nos palcos, e o sucesso foi imediato. Ele relembra, portanto, a segunda apresentação da cantora, em Goiânia, onde, emocionada ao cantar Alô Porteiro, Marília foi acompanhada pela plateia em coro, revelando seu potencial como estrela.
Ascensão no sertanejo
Marília Mendonça lançou seu primeiro EP em 2014, com faixas como Alô Porteiro, O Que Falta em Você Sou Eu e Sentimento Louco. Nos anos seguintes, consolidou-se no sertanejo com parcerias de sucesso, como Impasse, com Henrique & Juliano, bem como Vou Levando a Minha, com Gusttavo Moura & Rafael.
Além disso, ao longo de sua carreira, a cantora lançou sete álbuns, 11 EPs e dezenas de singles, colaborando com nomes como Maiara & Maraisa, Bruno & Marrone e até Anitta.
Além de cantora, Marília também foi uma compositora. O Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) divulgou que ela deixou registradas 335 músicas e 444 gravações. Assim, entre suas composições para outros artistas, destacam-se Calma, de Jorge & Mateus, Flor e Beija Flor, de Henrique & Juliano, e É Com Ela Que Eu Estou, de Cristiano Araújo.
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Reconhecimento e sucesso após sua partida
Após a morte de Marília Mendonça, seu legado continuou a crescer. Três EPs do projeto Decretos Reais, com canções gravadas antes do acidente, foram lançados. Incluindo, portanto, sucessos como Te Amo Demais, Morango do Nordeste e Leão, em parceria com o rapper Xamã.
Além disso, em 2023, a faixa se destacou como uma das mais tocadas em shows no Brasil, segundo o Ecad, ultrapassando até artistas de renome internacional.
Em maio de 2023, foi lançado o álbum póstumo Decretos Reais, vencedor do Grammy Latino na categoria de Melhor Álbum de Música Sertaneja, consolidando ainda mais o impacto de Marília na música.
O empresário Wander Oliveira comentou sobre a saudade deixada pela cantora: “Lembramos dela todos os dias. Então se eu disser que a vida voltou ao normal, é mentira. Esse vazio vai existir para sempre.”
