Morre Maguila, ícone do boxe brasileiro, aos 66 anos em São Paulo
Ex-boxeador sofria de encefalopatia traumática crônica, doença comum em lutadores

José Adilson Rodrigues dos Santos, conhecido como Maguila, faleceu nesta quinta-feira (24), aos 66 anos. O ex-boxeador lutava contra a encefalopatia traumática crônica (ETC), uma condição neurodegenerativa com sintomas semelhantes ao Alzheimer, mas causada por traumas repetitivos na cabeça, frequentes em atletas de esportes de contato. A informação foi confirmada pelo Instituto Maguila.
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Maguila estava internado em uma clínica em Itu, no interior de São Paulo, onde vivia há mais de sete anos. A “demência pugilística”, como é conhecida popularmente, é uma doença progressiva e incurável, resultado dos incontáveis golpes sofridos ao longo de sua carreira de duas décadas no boxe.
Luta contra a doença
Em 2022, Maguila compartilhou uma mensagem de carinho ao público brasileiro, demonstrando otimismo apesar da doença. “Quero mandar um abraço para todo o povo brasileiro que me viu lutar. Estou bem, só não posso mais lutar, mas estou bem. Essa doença que nem sei falar o nome é difícil, mas fiquem tranquilos”, disse o ex-atleta em entrevista ao GE.
Sua esposa, Irani Pinheiro, também comentou sobre a condição de Maguila à época: “O Maguila está bem. Ele tem uma doença degenerativa e progressiva, mas contamos com uma equipe que cuida dele 24 horas. A cada dia, percebemos o carinho que as pessoas têm por ele.”
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Carreira no boxe
Maguila iniciou sua carreira no boxe profissional em 1983 e lutou até o ano 2000. Ao longo dos 17 anos de carreira, ele participou de 85 lutas, conquistando assim 77 vitórias, sendo 61 delas por nocaute, além de sete derrotas e um empate técnico. Entre suas lutas mais memoráveis estão os combates contra lendas como Evander Holyfield e George Foreman.
Nascido em 11 de julho de 1958, em Aracaju, Maguila se consolidou como um dos maiores nomes do boxe brasileiro. Casado com Irani por 41 anos, ele deixa três filhos: Adilson, Adenilson e Edmilson. O legado do atleta e sua contribuição ao esporte seguem como inspiração para futuras gerações de boxeadores no Brasil.