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18 de junho de 2025 Rio do Sul

Anvisa proíbe venda de três marcas de “café fake” por presença de toxina prejudicial à saúde

Produtos das marcas Melissa, Pingo Preto e Oficial contêm ocratoxina A e outras irregularidades


Por Giulia Bibow Publicado 02/06/2025 às 14h48
Anvisa proíbe venda de três marcas de “café fake” por presença de toxina prejudicial à saúde
Anvisa proíbe venda de três marcas de “café fake” por presença de toxina prejudicial à saúde – Foto: Getty Images

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu nesta segunda-feira (2) a fabricação, venda e distribuição de três marcas de “pó para preparo de bebida sabor café”, popularmente conhecido como “café fake”. A medida acabou sendo tomada após análises laboratoriais constatarem a presença de ocratoxina A (OTA), substância tóxica e imprópria para consumo humano.

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As marcas afetadas pela resolução são Melissa, Pingo Preto e Oficial. A determinação inclui também a proibição de propaganda e uso dos produtos. Portanto, todos os lotes devem ser retirados do mercado.

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Foto: Reprodução

Irregularidades nas fórmulas e rótulos

Segundo a Anvisa, os produtos apresentavam rotulagem inadequada, ao indicarem a presença de “polpa de café” e “café torrado e moído”, mas utilizavam ingredientes de qualidade inferior, como grãos crus e até resíduos.

Além disso, os testes identificaram impurezas acima do limite legal de 1%, como pedras, areia, galhos e sementes de outras plantas, caracterizando matérias estranhas não permitidas pela legislação.

Produtos desclassificados anteriormente

As três marcas já haviam sido desclassificadas pelo Ministério da Agricultura em 25 de maio, por serem consideradas impróprias para o consumo. Na ocasião, Hugo Caruso, diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal, afirmou que os produtos eram feitos com o que chamou de “lixo da lavoura”.

A empresa Duas Marias, responsável pelo produto Melissa, afirmou anteriormente que não comercializa o item como “café torrado e moído”. Mas sim, como uma formulação alternativa, supostamente permitida pela legislação.

Riscos da ocratoxina A à saúde

A ocratoxina A (OTA) é uma toxina produzida por fungos que pode contaminar grãos, café e carnes. A substância está associada a doenças renais crônicas, tumores urinários e inflamações persistentes.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que a OTA também pode prejudicar o desenvolvimento fetal e enfraquecer o sistema imunológico. Embora se comprovou os efeitos cancerígenos em animais, estudos em humanos ainda são inconclusivos.

Orientações ao consumidor

O Ministério da Agricultura orienta os consumidores a suspender imediatamente o uso dos produtos das marcas listadas. O comprador pode solicitar a substituição do item adquirido com base no Código de Defesa do Consumidor.

Além disso, se os produtos ainda estiverem à venda, o consumidor pode fazer uma denúncia informando o nome e endereço do estabelecimento por meio da plataforma oficial Fala.BR.

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