Vereadora critica saúde em Lontras e gestão rebate com números e ações
Secretária de Saúde esclarece acusações e destaca desafios da rede municipal
Durante a sessão da Câmara de Vereadores de Lontras, realizada no dia 28 de abril, a vereadora Sandra Jansen (PL) fez críticas à gestão da saúde municipal. Em sua fala, ela relatou reclamações recorrentes da população, como falta de médicos e medicamentos.
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Há muita reclamação de falta de médicos, falta de medicamentos, de mau atendimento, uma falta de respeito, de acolhimento pelo povo aqui de Lontras. Isso é má gestão, sim. Não sei se da secretária ou se da equipe. Precisamos urgentemente que sejam tomadas as providências. Temos que atender o povo com dignidade e respeito que merecem
disse a vereadora.
Secretária rebate críticas e apresenta dados sobre a saúde em Lontras
Em resposta, Daniela Arndt, secretária de Saúde, afirmou que o município dispõe de um quadro médico completo e que realizou mais de 11 mil atendimentos nas unidades de saúde apenas em março. Daniela reconheceu que faltam, pontualmente, alguns medicamentos, mas explicou que o Estado fornece muitos deles.
Passou-se o atendimento nessa unidade de saúde no mês de março, teve 11.573 atendimentos, esses atendimentos são procedimentos de enfermagem, atendimento de CAPS, núcleo do Autista, atendimento de ESF, de pronto atendimento, então no momento estamos com um quadro completo de médicos. Questão de medicamentos também, nós temos uma grande quantidade de medicamentos na nossa farmácia básica, que chega a somar 1 milhão e 200 mil de medicamentos em estoque. Alguns medicamentos a gente tem falta, sim, são medicamentos do Estado que muitas vezes não vêm. E quando ele não vem do estado, também não vem para Lontras, não vem para Rio do Sul, não vem para Blumenau, ele não vem em todos os municípios. São medicamentos que são para pacientes diabéticos, da oncologia, cardíacos, com asma, bronquite. Então tem vários tipos de medicação pedidos no estado
explicou Daniela.
Nas redes sociais da Câmara de Vereadores de Lontras, pessoas relataram a falta de medicamentos na rede pública. No entanto, segundo informações da Regional de Saúde do Alto Vale, não houve a identificação de falta de medicamentos nas unidades sob sua responsabilidade.
A assessoria de comunicação de saúde do estado destacou ser necessário identificar o nome do medicamento em falta. Só assim, a situação pode ser verificada com precisão. De qualquer maneira, os medicamentos entregues nas Regionais de Saúde são comprados e enviados pelo Ministério da Saúde. Se há falta de algum medicamento no município, a orientação é de que o mesmo deve entrar em contato com a Diretoria de Assistência Farmacêutica da Secretaria Estadual de Saúde informando.
Falta de profissionais impede uso do aparelho de ultrassom
Daniela explica que o município dispõe de um aparelho de ultrassom, mas enfrenta dificuldades para mantê-lo em funcionamento contínuo por falta de profissionais habilitados.
A máquina de ultrassom, ela já funcionou um tempo no município, né, quando havíamos aberto um credenciamento, e veio um profissional. Tem que ter um profissional específico, né, a gente não pode pôr qualquer profissional, tem que ser um profissional que tenha realmente todas as habilidades, porque tem que laudar os exames. Temos um credenciamento para ser aberto, já abrimos várias vezes, e não temos profissionais que realizam todos os exames. Logo a gente vai abrir um credenciamento, para a gente ver se consegue algum profissional, para que se credencie e trabalhe no município. Então, assim, a gente depende de orçamento das clínicas, dos especialistas, para a gente conseguir fazer. Mas acredito que em torno de 30 dias a gente consegue estar com o credenciamento já aberto, esperando alguém para se credenciar
declarou a secretária de Saúde.
A secretária de Saúde, explica que muitos pacientes confundem os tipos de atendimento disponíveis no município e ressalta que todos os pacientes estão sendo atendidos.
Temos uns médicos da Secretaria de Saúde e da Família, que é o médico que faz o cuidado, que é a prevenção, que é isso que a saúde pública trabalha. Nós temos o pronto atendimento, onde atende o paciente que está com dor, aquela dor momentânea. Então o nosso atendimento de PA, que temos das 7h30 da manhã até 22h da noite, ele atende todas as demandas de dor, dor aguda, com um pico de pressão alta, estou com uma virose, estou com febre, com tosse, então o paciente vai ser atendido na urgência e emergência. Agora o paciente que vem, ele quer uma solicitação de exames, ele quer fazer uma investigação, tem que vir para outro tipo de atendimento, que é o atendimento de ESF. Então as pessoas estão se confundindo no tipo de atendimento. Cada profissional ali tem um tipo de atendimento. Então assim, tem o médico direto ali na recepção, na parte do P.A., nenhum paciente está ficando sem ser atendido. Todos os pacientes são atendidos, tem quatro médicos que intercalam esse plantão, das 7h30 até 22h
concluiu Daniela.
Ouça abaixo a reportagem completa sobre a questão da saúde em Lontras:
