Rio do Sul sedia 1ª Conferência Regional do Meio Ambiente do Alto Vale
Evento realizado em Rio do Sul reuniu especialistas e lideranças para debater soluções regionais para a crise climática
A Associação dos Municípios do Alto Vale do Itajaí (Amavi) e o Consórcio Intermunicipal de Saneamento Ambiental do Alto Vale do Itajaí (Cisamavi) realizaram, nesta terça-feira (3), a 1ª Conferência Regional do Meio Ambiente do Alto Vale do Itajaí.
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O evento, que ocorreu no Instituto Federal Catarinense – Unidade Tecnológica, em Rio do Sul, é uma etapa preparatória para a 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, marcada para 2025, em Brasília. Com o tema “Emergência Climática: O Desafio da Transformação Ecológica”, a programação contou com debates sobre cinco eixos temáticos, como mitigação, justiça climática e educação ambiental.
Sandra Bezerra Loffi Petry, presidente da comissão organizadora, afirma que a conferência visa alinhar propostas regionais às políticas públicas estaduais e nacionais.
O governo federal tem trazido essa demanda para os municípios, e a gente, os 28 municípios, buscou com eles, regionalizar. Então a gente faz uma conferência aqui para a nossa região do Alto Vale, que todos os municípios têm o mesmo foco, a mesma discussão, que são mudanças climáticas. Levar os nossos desafios também, o que a gente pode propor também para as políticas públicas, tanto estadual, tanto federal, também tendo base a nossa região aqui de Rio do Sul
disse Sandra.
A diretora da Apremavi, Miriam Prochnow, uma das palestrantes, destaca a relevância das florestas na mitigação da crise climática.
A questão climática tem muito a ver com um gás de efeito estufa chamado carbono e as pessoas às vezes não sabem muito bem o que isso tem a ver. Mas ele é responsável, um dos responsáveis, pelo aquecimento do planeta e faz com que a gente tenha eventos climáticos extremos mais intensos e mais frequentes. E esse carbono tem uma relação muito profunda com as florestas. Sejam as florestas que estão ainda em pé, ou aquelas que a gente ainda precisa plantar. Então o carbono, nas florestas em pé, ele está lá armazenado quietinho e não está sendo liberado para a atmosfera, então essa função que a floresta faz em manter o carbono quieto lá é extremamente importante
explicou Miriam.
Segundo a palestrante Dra. Sandra Aparecida dos Santos, a Conferência Regional do Meio Ambiente reforça a necessidade de engajamento coletivo. Assim como, ressalta a importância das políticas públicas e da participação social.
Quem está à frente da gestão pública é a pessoa que fomenta e é a pessoa que garante políticas públicas. Então, do lugar da garantia, da interlocução para as políticas públicas, de fato, assertivas para o contexto e para a população real, isso é fundamental. Mas sozinhos também não conseguirão fazer isso
concluiu Sandra.
Desse modo, durante o evento, foram formados grupos de trabalho para a elaboração de propostas. Além disso, os presentes elegeram os delegados que representarão o Alto Vale na etapa estadual.
Ouça a reportagem completa abaixo: