Redução de área plantada de grãos pode aumentar o preço na safra 2024/2025
Após uma safra com muitas perdas na produção e queda nos preços, produtores estão reduzindo a área plantada
Estimativas iniciais da Cravil mostram que o plantio do milho, cultura consolidada no Alto Vale, terá uma redução na área de cultivo por causa de preocupações recentes, podendo aumentar o preço na safra 2024/2025.
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O engenheiro agrônomo da Cravil, Neimar Francisco Willemann, explica o motivo dessa diminuição.
O controle de pragas, a cigarrinha do milho, é uma preocupação constante dos produtores. E a gente tem percebido que o produtor tem um pouco de receio quanto ao cultivo. Por outro lado, o cenário para a cultura do milho, principalmente no quesito produtivo, ele é muito interessante, principalmente se a gente compara com a safra 2023, 2024. Até todos os produtos da nossa região tiveram suas lavouras muito afetadas pelo excesso de chuvas nos meses ali da primavera e depois mesmo na colheita agora em 2024, e isso está interferindo um pouco na decisão de plantio. E aponta, não só na nossa região, mas todos os três estados do sul do Brasil, uma redução da área plantar de milho. Isso pode ser uma oportunidade para preços melhores no momento da colheita na safra 2025. Por isso, a Cravio sempre procura orientar o produtor, que é a diversificação. Ele não deve ficar se baseando somente no histórico passado para decisão. Então a diversificação, a rotação de culturas, que um ano a gente está plantando na área uma graminha, que no caso é o milho, outro ano a soja, que é uma leguminosa, isso é importante para a conservação do solo, principalmente.
explicou o engenheiro agrônomo da Cravil, Neimar Francisco Willemann.
O milho está em fase de semeadura, enquanto a soja inicia efetivamente em outubro. A área de cultivo da soja para a safra 2024/2025, que passa pelo processo de consolidação, deve permanecer semelhante a de outros anos, utilizando muito das propriedades com possibilidade de automatização do cultivo.
Antes de qualquer tecnologia de alto custo, é importante que o produtor busque sempre o conhecimento técnico, por meio de assistência, cursos, faculdades como a de agronomia e até mesmo, nas cartilhas disponibilizadas.
Além disso, as safras passadas tiveram influência de muita chuva e falta de luminosidade. Para a próxima colheita, Neimar traz boas notícias.
O sol é uma fábrica junto com a planta de produção. E em 2023 teve essa dificuldade. Em 2024, no momento da colheita, a cultura do milho não sofreu tanto as perdas de colheita por causa do clima, mas a cultura da soja sofreu muito. Muitos produtores perderam a lavoura por não conseguir colher. Para esse ano, os indicadores de clima têm mostrado que vai ser um ano diferente. Alguns apontam com uma tendência de um pouco menos de chuva. As lavouras estão se desenvolvendo bem, o clima está bem melhor que o ano passado. Então o clima com mais luminosidade… É isso que a gente percebe e torce para que aconteça agora no período 24, 25.
afirmou o engenheiro Neimar Francisco Willemann.
Um diferencial da cultura da soja é na hora de comercialização, que permite o travamento de preços, que gera uma facilidade na administração da propriedade.
Vários fatores podem interferir no preço do milho e soja, desde o clima, até a demanda por segurança alimentar em período de guerra. Neimar traz mais informações sobre esse travamento de preço.
O que tem muito claro já é o indicativo, principalmente, dos mercados futuros da cultura da soja, já indicando os preços semelhantes aos preços atuais, de preço, o que a gente chama, preço físico, nas mesmas bases, ou muito parecido, que, para quem não conhece o mercado agrícola, a soja, ela hoje possibilita que o produtor trave um preço fixo para o ano que vem. Ano que vem, na hora de colher, ele entrega a produção, ele já sabe quanto ele vai ganhar. Então a soja tem esses mercados futuros, milho também acontece isso. Isso dá o que? Segurança. E é indicado isso para segurar o custo de produção, para ele ter o custo de produção já com preço futuro de venda travado. Oxalá se isso pudesse fazer na cebola. Porém, esses mercados ainda não estão tão solidificados para que possa se ter uma garantia de preço futuro.
concluiu o engenheiro Neimar Francisco Willemann.
Ouça a reportagem completa:
