Obras de mitigação de cheias incluem 13 medidas para o Alto Vale do Itajaí
A emissão da ordem de serviço para a construção de duas barragens deve sair ainda esse ano, afirma secretário.

As obras de mitigação de cheias abrangem um conjunto de 25 ações para o Vale do Itajaí, sendo que destas, 13 são destinadas para o Alto Vale. A primeira medida emergencial é o desassoreamento de rios da região.
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O Secretário de Proteção e Defesa Civil, Fabiano de Souza, comenta sobre a licitação da obra que inicialmente foi orçada em R$18 milhões.
“O orçamento dos nossos engenheiros para contratação foi de 18 milhões. Vieram duas empresas participarem, uma por 36 milhões o preço dela e a outra por 55 milhões. Resolvemos não tocar contratação para frente, frustrar a licitação e abrir de novo. A gente teve uma perda de uma, duas semanas de data de prazo e lançamos novamente. O que era para ser de 18 milhões, a gente conseguiu fazer o contrato por 16 milhões, ao invés de contratar por 36 milhões. Quando houve a frustração da licitação, bastante gente começou a falar o seguinte ‘o governo do estado não está preocupado com a população do Alto Vale, o que são 36 milhões para proteção das cheias’. Então, quando a gente contratou por 16 milhões, a gente comentou não só estamos preocupados com as obras de mitigação, como estamos também preocupados em preservar o dinheiro do pagador de imposto“, afirma.
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Obras de mitigação de cheias e projeto da JICA
Em 2015, a JICA (Agência de Cooperação Internacional Japonesa) apresentou um projeto para realizar obras de remoção da vegetação e melhoramento da margem em cinco pontos específicos. Agora, executarão os trabalhos de desassoreamento dos rios em oito pontos. Portanto, o projeto de cerca de R$16 milhões compreende todo o desassoreamento do Rio Itajaí-Açu, 8,2 km área urbana de Rio do Sul.
Além da limpeza dos rios, a manutenção das barragens também é uma frente de trabalho para a mitigação das cheias. Há ainda a preocupação com a construção das barragens de Mirim Doce e Petrolândia e o desassoreamento dos reservatórios. Souza explana que os trabalhos de melhoramento fluvial englobam, assim, um conjunto de ações.
“Fizemos a divulgação daquilo que já era é indicado no estudo da JICA e que existe projeto. Porém, vamos avançar, fazer mais do que isso. Uma obra, ela não resolve o problema, mas cada obra é um passo que a gente dá pra diminuir gradativamente os efeitos das inundações para o Vale do Itajaí, em especial para o Alto Vale. Então, esse ano a gente deve ter ainda, a emissão de ordem de serviço para a construção de barragens, pelo menos duas. Estamos acelerando ao máximo. É um conjunto de obras, uma delas isolada, ela tem um efeito para algum tipo de cenário pequeno, porém, a união de todas elas sem dúvida nenhuma, a gente vai ter uma situação bem mais confortável no futuro”, finaliza.
Pelo visto esse governo incompetente acredita que a solução das cheias é encher o Vale do Itajaí de barragens. Os incompetentes gestores já ouviram falar de Cidades Esponja? Curitiba é o grande exemplo brasileiro desta técnica de contenção de cheias . É fácil torrar dinheiro dos contribuintes sem conhecimento técnico do assunto