Obra de ponte entre comunidades de Taió está parada há dois anos e pode ter nova licitação
Construção foi embargada em 6 de maio e empresa tem até 26 de junho para apresentar defesa

A construção de ponte em Taió, que liga as comunidades de Ribeirão Pinheiro e Ribeirão do Salto, iniciou há dois anos, mas permanece sem conclusão. A obra já passou por duas empresas contratadas e, segundo a prefeitura, uma nova licitação não está descartada. Os vereadores discutiram o assunto durante a sessão realizada nesta segunda-feira (9).
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A engenheira da prefeitura, Irineia Baldessar, detalhou o histórico da obra, que começou com um projeto em 2022. O plano original previa a elevação da ponte em quatro metros, com reutilização dos pilares antigos. O orçamento inicial foi de R$ 2.058.000,00.
Primeira empresa abandonou o canteiro após atrasos
Em março de 2023, a empresa Construtora Deca Ltda venceu a licitação com um valor reduzido para R$ 1.594.000,00. A ordem de serviço, assinada em maio, previa a execução em seis meses. Entretanto, até agosto, a empreiteira havia instalados apenas o canteiro. A empresa alegou que as chuvas dificultaram o andamento.
No mês seguinte, a prefeitura emitiu nova notificação, desta vez por problemas de segurança no local. Após a enchente de 2023, os pilares desabaram, e a empresa pediu um aditivo de R$ 398 mil, mas não apresentou justificativas técnicas. Técnicos realizaram vistorias em maio e junho de 2024, e constataram abandono.
No dia 11 de junho, a engenheira solicitou a rescisão contratual unilateral, aceita pelo prefeito.
Construção de ponte em Taió: nova empresa também não deu continuidade aos serviços
Com a rescisão, a prefeitura contratou uma nova empresa e reformulou o projeto. A obra passou a ter valor orçado em R$ 1.990.000,00. A licitação, realizada em agosto de 2024, teve como vencedora a empresa AS Built Engenharia Ltda. A empresa assinou o contrato no dia 27 daquele mês, com prazo de 12 meses para a entrega.
Porém, em outubro, houve nova paralisação da obra. A construtora alegou dificuldades para locar uma máquina específica para perfuração de rochas, etapa necessária para a fundação da ponte. No mês seguinte, solicitou formalmente a paralisação do serviço.
Prazo de retomada expirou e obra foi embargada
Em 15 de janeiro de 2025, terminou o prazo de 90 dias de suspensão. Em reunião com representantes da empresa, a construtora voltou a citar problemas para obter o maquinário. No mês de março, nova reunião definiu que a obra seria retomada em 30 de abril, iniciando pelas fundações — conforme previsto no projeto.
Entretanto, a empresa pretendia iniciar pela instalação das vigas. Por esse motivo, a prefeitura embargou a obra em 6 de maio. Em 26 de maio, foi aberto o processo de sanção administrativa. A empresa tem até 26 de junho para apresentar defesa.
A engenheira Irineia Baldessar afirmou que uma nova licitação pode ser aberta, assim como, o valor atualizado da obra gira em torno de R$ 3 milhões. Conforme Irineia, o prefeito já sinalizou que o município está disposto a aportar os R$ 1 milhão necessários para essa nova etapa.