Nível de enchente é reflexo das regiões que recebem o volume de chuvas

O ex-Secretário-Adjunto de Estado da Defesa Civil de Santa Catarina, Rodrigo Moratelli, analisa que o gradiente de redução da cota do rio Itajaí-Açu tem sido lenta, pelo fato da água estar vindo da bacia do rio Itajaí do Oeste. Se caso tivesse chovido o mesmo volume de água que choveu em Rio do Campo na calha de Alfredo Wagner, poderíamos ter tido uma enchente com proporções iguais ou maiores que a de 2011.
De acordo com a Defesa Civil, a previsão para os próximos dias acende novamente o alerta para a situação. Com precipitações que devem variar entre 60 a 100mm na maioria das regiões. Segundo Moratelli, a preocupação agora é para onde essa chuva vai cair. Se a precipitação acontecer na calha do rio Itajaí do Oeste a água chegará mais rápida em Rio do Sul e com um volume maior. Caso ela caia na bacia do Rio Itajaí do Oeste, o reflexo em nível de inundação será menor do que se ela ocorrer no rio Itajaí do Sul.
O ex-secretário fala ainda que a comporta que está aberta em Ituporanga e em Taió é irrelevante. “Se nós pegarmos o metro sobre o vertedor, nós temos um volume de água que é praticamente 20 vezes maior. Uma comporta aberta não vai chegar a dar um volume tão alto. Além disso, lá em Taió, quando passou de dois metros, é um processo de segurança. A cada metragem que vai subindo sobre o vertedor, vai abrindo as comportas. Para que a barragem não esteja galgada, ou seja, que a água não passe por cima da barragem”, conta.