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18 de julho de 2025 Rio do Sul

Inquérito sobre agressões em creche de Rio do Campo deve ser concluído na próxima semana

Polícia Civil apura relatos de maus-tratos no CEI Fritz Faller; servidoras foram afastadas


Por GCD Publicado 30/05/2025 às 16h22
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A Prefeitura de Rio do Campo abriu processos administrativos para apuração e afirma que repudia qualquer violação aos direitos das crianças e adolescentes. Foto: divulgação/JATV

A Polícia Civil de Santa Catarina deve concluir na próxima semana o inquérito que apura denúncias de agressões em creche. A violência física contra crianças ocorreu no Centro Educacional Infantil (CEI) Fritz Faller, em Rio do Campo. Desse modo, a investigação corre em sigilo, mas pais relatam indignação após verem imagens das agressões.

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O caso teve início no fim de abril, segundo o delegado Paulo Freyesleben, responsável pelo inquérito. Desde então, houve o afastamento das duas servidoras por decisão do Tribunal de Justiça. A Prefeitura de Rio do Campo abriu processos administrativos para apuração e afirma que repudia qualquer violação aos direitos das crianças e adolescentes.

Agressões em creche: imagens mostram tapas, puxões de orelha e empurrões

Um dos pais, que preferiu não ser identificado, disse ter sido chamado à delegacia para prestar depoimento. No local, teve acesso a parte das imagens de segurança do CEI. Segundo ele, os vídeos mostravam cenas de agressão. 

A primeira que aparece é já elas dando beliscões, tapa, empurrão nas crianças, sabe? Pegando criança pela orelha, atravessando a sala com criança pela orelha, dando tapa na cabeça, dando chacoalhões

relatou.

O pai disse ainda que ficou abalado com o que viu.

Assim, para um pai é difícil, né? Tu olhar numa câmera, ver teu filho agredido… Uma criancinha de dois anos que não consegue se defender, que mal sabe falar, sofrendo agressões. É muito complicado, é doloroso. Na hora a gente perde a razão

comentou o pai.

Pais relataram mudança de comportamento das crianças

Segundo o mesmo pai, os sinais começaram a surgir há mais de um mês.

A minha filha não queria mais ir para o CEI. Chorava, dizia que não queria ficar. A gente empurrava achando que era manha, mas não era. Começaram a surgir relatos de outros pais também. Crianças com medo, machucados sem explicação

explicou.

Ele afirma que levou a filha para uma escola particular por alguns dias.

Só tem essa escola e uma particular no município. Cansei de levar ela, ficou mais de uma semana na particular. Porque ela não queria ir ali. Então é bem complicado

afirmou.

Reunião com pais ocorreu em 22 de maio

No dia 22 de maio, uma reunião ocorreu no CEI com pais de alunos da turma afetada. Segundo o relato, a direção negou as agressões, mas afirmou que os alunos estavam “impossíveis”. O pai destacou que a postura da escola gerou ainda mais revolta.

A gente confiou. Eles disseram que tinham olhado as câmeras e não tinha nada. Mas depois a investigação mostrou outra coisa

desabafou.

A Prefeitura de Rio do Campo divulgou nota afirmando que adotou providências assim que tomou conhecimento dos fatos e reforçou o compromisso com a segurança das crianças. O inquérito será enviado ao Poder Judiciário na próxima semana.

Confira a nota na íntegra sobre as agressões em creche

A Prefeitura de Rio do Campo, por meio da Secretaria Municipal de Educação, informa que, assim que tomou conhecimento dos supostos fatos envolvendo uma professora e uma auxiliar de turma de um Centro de Educação Infantil, adotou imediatamente as medidas cabíveis, com abertura de processos administrativos que estão em andamento para apuração rigorosa.

O município repudia qualquer ato que viole os direitos das crianças e adolescentes e garante que, se comprovadas irregularidades, as medidas legais serão aplicadas.

A Prefeitura pede que a comunidade acompanhe o andamento dos fatos com serenidade e responsabilidade, confiando na seriedade dos trâmites legais de todos os órgãos envolvidos na apuração.

Por fim, a gestão municipal reforça seu compromisso com a qualidade da educação, a segurança e o bem-estar das crianças.

Ouça abaixo a reportagem completa sobre as agressões:

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