Homem é condenado a 18 anos de prisão por tentativa de feminicídio em Ituporanga
Crime foi motivado por ciúmes e ocorreu na presença da mãe da vítima

A Justiça condenou um homem a 18 anos de prisão pela tentativa de feminicídio da ex-mulher em Ituporanga. O crime, registrado por uma câmera de segurança, ocorreu em 12 de janeiro de 2024. As imagens mostram o momento em que o réu invade a casa da vítima e dispara seis vezes contra ela. Três dos projéteis atingiram uma pilha de tecidos, já que a mulher trabalhava na máquina de costura no momento do ataque.
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O casal estava separado desde outubro de 2023 e, quatro dias antes do crime, a vítima, de 46 anos, solicitou medida protetiva devido às ameaças do ex-companheiro, de 49 anos. O homem foi notificado da decisão judicial em 10 de janeiro e, dois dias depois, cometeu o crime. Além disso, ele tentou matar a mulher na presença da mãe da vítima, que sofre de problemas cardíacos.
A polícia prendeu o agressor na mesma noite pela tentativa de feminicídio em Ituporanga, na casa do irmão, no interior de Agrolândia, e ele segue detido sem direito a recorrer em liberdade. Por fim, além da pena de 18 anos de prisão, ele terá que pagar R$ 20 mil por danos morais à vítima.
O promotor de Justiça substituto da 3ª Promotoria da Comarca de Ituporanga, Juliano Antonio Vieira, que atuou no júri popular, destacou a importância da condenação.
Fica o sentimento de dever cumprido e de que a justiça foi feita pela sociedade da Comarca de Ituporanga, que, por sua decisão, não admitiu como aceitáveis condutas graves como a tentativa de feminicídio
afirmou Vieira.
Manifestação da defesa sobre a condenação por feminicídio
Os advogados de defesa, Ronaldo Pfleger e Amanda Larissa Machado, emitiram uma nota onde afirmam que consideram a aplicação da pena exagerada, tendo em vista que o homem confessou o crime e existe causa de redução da pena de até 2/3 por ser apenas tentativa.
Os defensores dizem ainda que a Juíza que presidiu o Tribunal do Júri acabou por aplicar apenas 1/3 de redução de pena, quando a defesa entende que deveria ser 2/3 de redução. Por isso, os advogados já apresentaram recurso junto ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).
O recurso ainda busca anular o julgamento, alegando que utilizaram provas consideradas ilícitas.