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15 de outubro de 2024 Rio do Sul
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Após 23 dias, corpos de mãe e filhos, mortos em Presidente Getúlio, são liberados para sepultamento

A cerimônia de despedida ocorre neste sábado (21), das 12h às 16h, na Capela Mortuária de Witmarsum


Por Lucas Sarzi Publicado 20/09/2024 às 22h16
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Mãe e filhos foram mortos em Presidente Getulio. Foto: Arquivo Pessoal.

No dia 27 de agosto deste ano, o crime brutal que tirou a vida de Edinéia Telles, de 34 anos, e dos filhos, Lyan, de 2, e Luan, de 4 anos, chocou a região do Vale Norte. Logo após o desaparecimento das três vítimas em Presidente Getúlio, familiares e amigos realizaram buscas na esperança de encontrá-las com vida.

No dia 29, dois dias após o desaparecimento, as autoridades localizaram os corpos de mãe e filhos em uma ribanceira em Ibirama. Os corpos estavam carbonizados dentro de um veículo. Desde então, a dor da espera pela liberação dos corpos se tornou um fardo para todos.

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Exame de DNA: um passo para a despedida

Após 23 dias de sofrimento, a família recebeu, nesta sexta-feira (20), a notícia de que o exame de DNA saiu.

O exame era essencial para a liberação dos corpos, conforme explica o advogado e assistente de acusação, Giovane Fernando Medeiros.

A família aguardava, com muito sofrimento, uma espera que parecia eterna, desde o dia 29 de agosto, pela liberação dos corpos. Hoje veio a informação para a família de que foi realizado o exame de DNA, que era o documento que faltava para essa liberação e para que fossem emitidos os documentos e a liberação dos corpos.

detalhou o advogado e assistente de acusação, Giovane Fernando Medeiros.

Cerimônia de despedida

A cerimônia de despedida das vítimas será realizada neste sábado (21), das 12h às 16h, na Casa Mortuária de Witmarsum

“A família, a partir do conhecimento da possibilidade da liberação dos corpos, providenciou uma cerimônia de despedida para as vítimas e é muito bom ver que a família poderá ter essa oportunidade de se despedir dos seus tão amados familiares que foram vítimas desse crime na cidade de Presidente Getúlio”

comentou o advogado.

Busca por justiça e verdade

No âmbito jurídico, a acusação segue trabalhando no caso, acompanhando todos os atos processuais. A família e os envolvidos no processo acreditam que a verdade será estabelecida ao final, e a Justiça será feita

O Ministério Público apresentou a denúncia contra os acusados, no dia 13 de setembro, e estamos atuando como assistentes de acusação nesse processo, observando aquilo que há dentro da norma jurídica, buscando auxiliar e assistir, acompanhar, todos os atos processuais. Seguimos à disposição para aquilo que for necessário pela busca da Justiça e pela busca da verdade, que não há dúvidas, será concretizado ao final desse processo. Não há uma previsão para se disciplinar ou audiência e instrução de julgamento, mas os passos estão sendo dados.

concluiu Giovane Fernando Medeiros.
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Homem matou a ex-esposa e os dois filhos, ateou fogo no carro e jogou o veículo em uma ribanceira. Foto: Adriano Da Nahaia/NSCTV.

Relembre o caso

As autoridades localizaram o ex-companheiro de Edinéia, Gilson Haskel, principal suspeito, após ele trocar de veículo com o irmão durante uma abordagem no Paraná. Segundo a polícia, ele confessou o crime.

Além disso, na residência do homem, a polícia encontrou um revólver e vestígios de sangue, fortalecendo a suspeita de feminicídio.

Logo após, as autoridades policiais também prenderam o irmão do suspeito, que ajudou a esconder a arma usada no crime. 

O delegado André Amarante, responsável pela investigação, emitiu um alerta no sistema de segurança pública. As autoridades localizaram o carro do suspeito no Paraná por meio de tecnologia de rastreamento.

“A informação que obtivemos indicava que o veículo já estava no estado do Paraná. O que, então, motivou o contato imediato com as forças de segurança daquele estado, que conseguiram realizar a abordagem do suspeito. Além disso, a Polícia Militar de Ibirama estava comunicada sobre o veículo da vítima e possivelmente dos corpos, que, infelizmente, estavam carbonizados. O suspeito teria ateado fogo no veículo com os corpos dentro, na tentativa de ocultar e destruir as evidências e assegurar sua impunidade”.

disse o delegado André Amarante.

Irmão do acusado confessa ter ajudado no crime

Durante o interrogatório, o irmão de Gilson confessou que ajudou a transportar os corpos. Ele afirmou que, além disso, levaram os corpos até o local onde os incendiaram em 27 de agosto, data do desaparecimento de Edinéia e das crianças.

“Ele chamou o irmão até a residência e, ao chegar, constatou que os corpos ainda estavam no local. Então, pediu que ele ajudasse a colocar os corpos das vítimas no veículo e os transportasse até o local onde foram incendiados. Além disso, ficou claro que ele prestou outros auxílios, como o transporte de uma das armas utilizadas no crime, escondendo-a em sua propriedade rural”

complementou o delegado.

Posteriormente, com base nas evidências, a Polícia Civil pediu a prisão preventiva de Gilson e de seu irmão. Portanto, os dois são acusados de matar a mãe e os filhos e ocultar os corpos.

Ouça a reportagem completa:

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