Celesc prevê recuperação da barragem de José Boiteux em até dois dias
Recomendação do Ministério Público Federal (MPF) condiciona ações na comunidade indígena para a liberação dos trabalhos

Celesc prevê recuperação da barragem de José Boiteux em até dois dias. Recomendação do Ministério Público Federal (MPF) condiciona ações na comunidade indígena para a liberação dos trabalhos.
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Segundo o secretário de Estado da Proteção e Defesa Civil, Coronel Fabiano de Souza, a responsabilidade pela manutenção da barragem Norte, em José Boiteux, será das Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc), inclusive há uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF) condicionando algumas ações na comunidade indígena para autorizar a liberação dos trabalhos, que deve ser feito em até dois dias. Um trabalho mais simples, se comparado com a barragem de Ituporanga.
Além disso, várias outras obras estão em progresso na região, como a construção de uma escola, um campo de futebol e a recuperação de estradas, que já está em estágio avançado com a ordem de serviço emitida. Como a área é federal e envolve a retirada de vegetação nas margens, a empresa vencedora da licitação solicitou uma manifestação do órgão ambiental federal para garantir que não haja problemas futuros.
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Recuperação das estradas e manutenção da barragem
Fabiano mencionou que esse pedido já foi feito à Secretaria de Infraestrutura e que em breve o órgão ambiental federal deve se pronunciar. Assim que isso ocorrer, a recuperação das estradas poderá ser iniciada, juntamente com a manutenção da barragem.
“A manutenção da barragem de José Boiteux, daquela comporta que está enterrada é mais simples, do que a de Ituporanga. Então, a previsão da Celesc é que eles façam a recuperação na comporta em dois dias e naquela inspeção completa de recuperação de toda barragem, ela entra também. A gente tem previsão de obras até novembro de 2025. Manutenção geral, desde barramento, vertedouro, o caso da comporta, enfim, todas as partes da barragem“, revela.
Limpeza nas barragens
O secretário explica que a limpeza nas barragens é feita recorrentemente e que a última foi realizada logo após as cheias registradas em novembro do ano passado. Fabiano destaca ainda o projeto JICA (Agência de Cooperação Internacional Japonesa), que prevê a inclusão do desassoreamento dos reservatórios, porém até o momento, não há um estudo real da capacidade de cada barragem no Alto Vale.
“Não tinha previsão nos estudos da JICA. Porém, aquele licenciamento que eu comentei em uma conversa anterior, a gente está licenciando todo o Alto Vale, no IMA. Nesse licenciamento completo, portanto, vamos incluir o desassoreamento dos reservatórios. Nesse momento a gente não tem um estudo de qual a capacidade real de cada barragem. Uma 110 milhões de metros cúbicos, de acordo com o projeto de Ituporanga e a outra 100 milhões de metros cúbicos, de Taió. Particularmente, eu diria que essa capacidade de hoje não é a real. A gente, com certeza, tem perda estimada entre 10% e 20%. Então, ela vai entrar como uma das obras de mitigação de inundações do Vale do Itajaí”, finaliza.