Afubra contabiliza estragos causados pelo granizo na região

Os catarinenses têm sofrido com as consequências extremas do El Niño ao longo de todo 2023, como ondas de calor, seca extrema e inundações. Resultados que são sentidos principalmente pelos agricultores do Alto Vale do Itajaí que enfrentaram as adversidades climáticas. Colheitas foram adiantadas e muitas delas perdidas. A Afubra contabiliza estragos causados pelo granizo na região.
O coordenador de campo da Afubra, Rafael da Silva, comenta sobre a cultura do fumo que foi muito afetada pelas cheias. “O tabaco é uma cultura também muito afetada principalmente pelo excesso de umidade e chuva que tivemos. A gente não está quantificando no momento, pois o produtor não está comercializando e a gente não tem números exatos do percentual de quebra”, conta.
Outra situação provocada pelo El Ninõ são as chuvas de granizo. Os estragos ainda estão sendo levantados, como ressalta Rafael. “Na safra passada tivemos no Alto Vale 2950 atingidos pelo granizo nessa mesma época do ano. E esse ano nós já temos praticamente 4400 produtores atingidos pelo granizo. Então, é um número bem elevado e percentual de quebra, em virtude desse fenômeno, também está sendo bem acentuado pelo momento da quebra. A Afubra divulgou os números para todo o sul do Brasil, que seria em torno de 520 mil toneladas. Mas esses números é só uma estimativa, não tem números concretos”.
De acordo com o coordenador, alguns municípios já estão na fase final da colheita mesmo com a quebra na produtividade. “Alguns estão na metade da colheita. Lembrando que tem uma quebra de produtividade, então a safra também está antecipada. Anos normais, os produtores iriam colher esse tabaco até fim de fevereiro. Nós estamos praticamente encerrando a colheita. O produtor também está fazendo algumas culturas de safrinha, para tentar tirar um pouco do prejuízo da safra normal”, finaliza.