Adriano Poffo – prefeito licenciado de Ibirama – tem prisão revogada
Na manhã desta quinta-feira, 5, a 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, em Florianópolis, deliberou pela soltura do prefeito Adriano Poffo (MDB) de Ibirama. O prefeito estava sob prisão preventiva desde 27 de abril, quando foi detido na 4ª fase da Operação Mensageiro. Embora tenha tido sua prisão revogada, Adriano Poffo terá que seguir medidas cautelares determinadas pela Justiça.
A relatora do processo, desembargadora Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaefer, optou pela substituição da prisão preventiva por outras medidas punitivas. Esse pedido da desembargadora foi submetido à votação e obteve aprovação unânime do colegiado. A aprovação ocorreu após a análise de documentação apresentada pela defesa de Adriano Poffo. Isso ocorreu depois da conclusão da audiência de instrução realizada em setembro, no Fórum de Ibirama.
Assim, as autoridades liberarão Adriano Poffo do Presídio Masculino de Lages, onde ele ficou detido por mais de 5 meses, permitindo-lhe regressar ao seu domicílio. Entretanto, ele estará sujeito a uma série de restrições durante um período de 180 dias.
Por ordem judicial, durante esse período, o prefeito licenciado estará afastado de seu cargo e impedido de entrar na Prefeitura de Ibirama e nas secretarias. Além disso, ele não poderá estabelecer contato com os servidores da prefeitura de Ibirama. Poffo também estará proibido de manter qualquer tipo de comunicação com os corréus e colaboradores premiados da Operação Mensageiro.
Em nota assinada pelos advogados Bernardo Fenelon e Raíssa Isac, os defensores afirmam que a decisão que revogou a prisão preventiva do Prefeito Adriano Poffo, embora tardia, passa a reestabelecer a verdade. “É importante lembrar que o Ministério Público foi contrário a tal decisão, mas o Poder Judiciário corretamente enxergou o excesso que a medida passou a representar”, diz o documento. Os advogados dizem ainda que os depoimentos testemunhais de todos os Delatores do
Grupo Serrana, que confessaram seus crimes em diversos municípios do Estado de Santa Cantarina, foram uníssonos em afirmar que a situação de Poffo é distinta, ao reconhecerem que ele jamais solicitou ou recebeu qualquer valor ilícito.