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03 de outubro de 2024 Rio do Sul
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Prefeito licenciado de Ibirama Adriano Poffo é ouvido em audiência


Por Cristiane Faustino Publicado 27/09/2023 às 14h33
Adriano Poffo é ouvido em audiência em Ibirama
Foto: Redação GCD

O prefeito licenciado de Ibirama Adriano Poffo é ouvido em audiência no Fórum do município, nesta quarta-feira, 27. Essa é a última audiência antes da decisão da Justiça sobre possível envolvimento do prefeito licenciado de Ibirama Adriano Poffo e do ex-secretário de Administração e Finanças Fábio Fusinato em esquema de corrupção e lavagem de dinheiro nos serviços de coleta e destinação de lixo no município. Outros oito réus foram ouvidos no Fórum da Comarca de Ibirama.

Por volta das nove e meia da noite de ontem, foi concluída a audiência onde foram ouvidos os 10 réus da Operação Mensageiro, incluindo o ex-secretário de Administração e Finanças de Ibirama, Fábio Fusinato, e o prefeito licenciado do município, Adriano Poffo. Presos no presídio de Lages, esta foi a primeira vez em que os dois voltaram a Ibirama, depois de exatos cinco meses após as prisões, em 27 de abril, e dois meses após terem se tornado réus, em 27 de julho.

Essa foi a segunda audiência realizada no município de Ibirama e a última antes da decisão final da Justiça. A primeira audiência aconteceu na terça-feira, com início às 10 horas da manhã. Foram ouvidas no tribunal do júri sete testemunhas de acusação e cinco de defesa. Outras quatro testemunhas que iriam depor em favor dos acusados foram dispensadas pelos advogados de defesa e as oitivas foram concluídas no mesmo dia.

Audiência de quarta-feira

Na audiência de ontem, foram ouvidos os réus. Presencialmente, apenas Fábio Fusinato e Adriano Poffo. Os demais participaram por videoconferência. Poffo chegou ao fórum pouco antes das nove horas da manhã. Meia hora depois, foi a vez do ex-secretário de Administração e Finanças chegar ao local. Ambos foram conduzidos no compartimento traseiro das viaturas. Escoltados por policiais, eles saíram dos veículos e foram direto para uma sala de espera no fórum. Os dois não usavam algemas, que foi um pedido feito pela defesa. Os advogados também solicitaram que os réus fossem transportados no banco traseiro de passageiros. A solicitação, no entanto, foi negada pela justiça, que alegou não ter autonomia para intervir na atuação da polícia penal responsável pelo transporte.

Pontualmente, às dez horas da manhã, foi iniciada a audiência. Os trabalhos foram coordenados pela desembargadora relatora Cinthia Schaefer. Ao lado dela estavam três promotores. Do lado esquerdo do júri ficaram os advogados de defesa de Fábio Fusinato e do lado direito os advogados de Adriano Poffo. Nas cadeiras destinadas aos espectadores, não sobrou sequer um lugar vago. O tribunal foi ocupado em sua capacidade máxima.

Delatores confessam como ocorreu o esquema de corrupção

Ao longo dos depoimentos, os delatores foram confessando como ocorreu o esquema de corrupção. A empresa contratada para fazer a coleta e destinação de lixo no município teria sido favorecida no processo de licitação dos serviços. Em troca disso, o prefeito e o ex-secretário teriam passado a receber propinas sobre os pagamentos realizados à empresa conveniada. Os valores eram entregues em envelopes nas mãos de Fábio Fusinato. O valor da propina era de R$ 5 mil desde 2019.

Antes disso, o ex-secretário já recebia os pagamentos no valor de R$ 2.500. O Ministério Público chegou a acusar os réus pela entrega de R$ 30 mil como pagamento adiantado no fim do ano passado. O valor foi entregue em um posto de combustíveis às margens da BR-101, em Joinville. Os réus respondem por crimes de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Por fim, esta foi a última audiência realizada antes da decisão final. Nos próximos 15 dias, o Ministério Público fará as alegações finais e, em seguida, será proferida a sentença pelo Tribunal do Júri.

A defesa do prefeito licenciado de Ibirama Adriano Poffo se pronunciou após a audiência por meio de nota:

“Diante do encerramento da instrução processual, tornou-se ainda mais evidente a inocência do Prefeito Adriano Poffo. Conforme já esperado, todos os colaboradores reforçaram que nunca houve qualquer tipo de negociação espúria com o Prefeito. Este cenário apenas demonstra o que temos afirmado desde o início: as acusações baseiam-se em meras suposições e estão desacompanhadas de provas concretas. Versões distorcidas dos fatos, tentativas confusas de imputação de responsabilidade e confissões desesperadas dos agentes públicos realmente culpados já eram esperadas e serão rebatidas com veemência. Esta Defesa Técnica permanece, mais do que nunca, confiante e otimista de que a justiça, em breve, será restabelecida. Estamos seguros de que a integridade e o comprometimento do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, sob a condução da Desembargadora Relatora Cythia Schaeffaer, demonstrados durante todo o processo, conduzirão a uma resolução imparcial e justa”

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